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Krisiun, um dos gigantes do death metal mundial mostra respeito ao metal curitibano

Marcos Anubis/Cwb Live
Krisiun, a força do death metal brasileiro

Respeito. Essa pode ser a palavra para definir o show do Krisiun, na última sexta-feira 15/6, no Blood Bar, em Curitiba. Formada pelo vocalista e baixista Alex Camargo e pelos irmãos Moyses Kolesne, na guitarra, e Max Kolesne, na bateria, a banda vem lutando há mais de 20 anos no underground brasileiro e tem colhido frutos não só dentro do país, mas internacionalmente. O grupo desembarcou na capital paranaense vindo de uma turnê nos Estados Unidos e Canadá, ao lado do Sepultura.

Com a casa lotada, o show teve início com “Ominous”, do CD “Bloodshed”, lançado em 2004, seguida de “Combustion inferno”, do álbum “Southern storm”, de 2008. O som estava ótimo, sendo possível perceber todos os instrumentos e a voz, sem nenhum tipo de problema, fruto de uma “operação especial” feita pelo Blood para proporcionar uma estrutura compatível com a potência sonora do Krisiun.

Alex agradecia a presença do público, ao final de cada música. Ele também criticou a postura de certas bandas e músicos, chamados por ele de “posers”, que reclamam de tudo no cenário brasileiro, mas não fazem a sua parte para mudar esse estado de coisas. Dando sequência ao show, “Black force domain”, “The will to potency” e a cover da banda para “In league with satan”, do Venon, não deixaram as cabeças estáticas.

A pouca valorização da cultura curitibana é um tema sempre recorrente e polêmico. É muito mais fácil encontrar uma casa lotada para ver shows de bandas cover do que para prestigiar os grupos de som autoral da cidade, por exemplo.

Alex mostrou o seu respeito e admiração pelo heavy metal da capital paranaense, citando nominalmente várias figuras importantes, como as bandas Hecatombe, Infernal, Imperious Malevolence e Murder Rape, além dos músicos Mano, (ex-Imperious e atual Formulae), Mané (Ex-Imperious, Infernal e atual Murder Rape) e Rafahell (ex-Imperious Malevolence). “Tentar sobreviver de metal, e fazer dele uma realidade, é complicado. Mas nós estamos aqui, doa a quem doer”, desabafou Alex no meio do show.

Essa ligação do Krisiun com Curitiba existe desde a década de 1990. Em 1993, durante um show de lançamento do primeiro disco do Infernal, chamado “Drowning in the chalice of sin”, em São Paulo, Alex e seu grupo estavam presentes apoiando os curitibanos. “Os caras que, hoje, são um dos grandes nomes do death metal mundial, idolatravam as bandas que a gente tocava e foram lá bater cabeça. É o que a gente faz, hoje, no show deles”, afirma Mané. A valorização do som do Krisiun, mundialmente, não os fez mudarem de postura. “Os caras são totalmente simples, são do metal, sem frescuras. Eles podem ser um dos grandes do heavy metal, mas, nos shows, eles nunca deixam de falar o nome das bandas, pois conhecem o pessoal desses grupos. Eles continuam sendo as mesmas pessoas”, conclui Mané.

Após o show, a banda circulou tranquilamente pelo bar, conversando, tirando fotos e dando autógrafos, confirmando o que disse Mané sobre a personalidade do grupo. O saldo final é o fato de que, um dos maiores nomes do death metal mundial, atualmente, além de fazer uma grande apresentação, revelou toda a sua admiração pelas bandas e músicos de Curitiba. Isso vale tanto quanto a boa música dos caras e pode contribuir para que o público da cidade dê o devido valor aos seus conterrâneos.

Confira três vídeos do show do Krisiun.

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