O show da lenda Made in Brazil, na última quinta-feira 21/6, na A Casa do Tal, em Curitiba, mostrou que o rock ainda vive neste país, apesar de todas as tentativas para extingui-lo.
A direção da Casa, aliás, está de parabéns por ter cobrado um valor quase simbólico para a apresentação da banda. Os ingressos estavam custando R$ 15 e R$ 10, fato inacreditável hoje em dia, pois, para ver qualquer grupo cover na cidade, o público paga bem mais que isso. O show foi fechado em cima da hora, com menos de uma semana de antecedência, o que prejudicou a divulgação. Porém, por esse valor, a obrigação dos curitibanos era a de ter lotado a casa, o que não aconteceu.
A banda subiu ao palco ao som de “Fiquei com o blues”, do álbum “In blues”, de 1992. Em seguida “O rock de São Paulo”, do segundo disco lançado pelo Made, “Jack o estripador”, de 1976. Clássicos como “Gasolina”, que abre o disco “Paulicéia desvairada”, de 1978, foram cantados a plenos pulmões pelos amantes do puro rock and roll.
Figuras como os irmãos Oswaldo e Celso Vecchione deveriam receber condecorações do Ministério da Cultura por serviços prestados à música nacional, sem nenhum exagero. Se hoje um jovem pode comprar uma guitarra e fazer o seu barulho, ele deve muito ao pioneirismo de bandas como o Made in Brazil.
Apesar de toda a sua história dentro do rock brasileiro, Oswaldo é uma das pessoas mais simples e sensatas entre as que eu entrevistei, até hoje. Para ser grande você não precisa anunciar aos quatro ventos, você simplesmente o é. De fala direta e educada, sem arrogância, ele se posiciona como um dos grandes nomes da música nacional, sem esforço.
Na parte final do show, a banda presenteou o público com um dos grandes hinos do rock nacional, “Minha vida é rock and roll”. Na religião muçulmana, o fiel deve viajar para Meca, cidade sagrada para eles, ao menos uma vez durante a sua vida. A existência de um roqueiro tem algumas obrigações, também. Uma delas é ouvir essa música, ao vivo.
Oswaldo Vecchione deu uma entrevista, com exclusividade, para o Cwb Live. Eu conversei, também, com o paraguaio Vespasiano Ayala, roadie da banda há mais de 30 anos, e com o diretor paranaense Egler Cordeiro (Cebola), que está gravando o vídeo-documentário que contará a história do grupo. Oswaldo falou sobre a história do Made, sobre o espaço para o rock, atualmente, e sobre a época em que os integrantes usavam maquiagem, isso antes do Kiss e do Secos & Molhados. Teriam as duas bandas copiado a sacada do Made in Brazil?
Confira a entrevista e três vídeos do show.
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