A nova Arena da Baixada deve receber perto de 250 eventos por ano
O Clube Atlético Paranaense anunciou na última quinta-feira (29), uma parceria com a AEG Facilities que promete aquecer o cenário cultural da cidade, estagnado desde o fechamento da Pedreira Paulo Leminski, em 2008.
Em uma entrevista exclusiva ao Cwb Live, o diretor executivo de marketing e comunicação do Atlético, Mauro Holzmann, fala sobre essa ação inovadora do clube que promete trazer benefícios para toda a população curitibana.
O projeto
A AEG Facilities é uma das maiores empresas do mundo no setor de entretenimento e eventos esportivos. Ela gerencia arenas como o Staples Center, nos Estados Unidos, onde o Los Angeles Lakers disputa os seus jogos na NBA, a liga americana de basquete. No local também foi realizado o velório público do cantor Michael Jackson, em 2009.
A inauguração da nova Arena da Baixada está prevista para julho de 2013. O estádio terá capacidade para 43.981 pessoas. Em shows ela acomodará 60.000 expectadores. Posteriormente será construída a Areninha, que será um ginásio coberto com capacidade para 10.000 pessoas, ao lado da Baixada.
Um dos maiores problemas em grandes shows, tradicionalmente, é o estrago causado aos gramados. Segundo Mauro, a empresa minimizará esse problema. “Isto é fundamental e a AEG domina esta tecnologia”, conta.
De acordo com a posição oficial do Furacão, a receita dos eventos que serão realizados será absorvida integralmente pelo Atlético. “As receitas serão 100% do clube. A AEG é uma prestadora de serviços e, evidentemente, será remunerada por isto dentro do que é usual no mercado. Quem controlará as receitas será o clube. A AEG será remunerada à medida que obtiver sucesso na captação de eventos e na gestão do equipamento”, explica Holzmann.
O jejum de grandes shows em Curitiba
Com o fechamento da Pedreira Paulo Leminski, em 2008, os grandes eventos desapareceram de Curitiba. A cidade vem perdendo a oportunidade de receber muitos espetáculos de grande e médio porte por não ter espaços para isso.
Só neste ano, ícones do rock mundial como Roger Waters, ex-baixista do Pink Floyd, e o Kiss, sobrevoaram Curitiba para irem fazer seus shows na capital gaúcha, Porto Alegre.
De acordo com Holzmann, o clube identificou essa carência cultural que a cidade vem apresentando. “Curitiba é uma cidade importante no contexto econômico do país e não está na rota dos grandes eventos por não ter equipamentos adequados. Agora terá!”, afirma.
O clube espera realizar entre 200 e 250 eventos por ano sendo, no mínimo, cinco atrações de grande porte. Segundo Holzmann, o fato de ter um estádio de primeiro mundo não seria o suficiente para gerar receitas ao Atlético. É necessária uma gestão profissional que torne a Arena, realmente, multiuso. “Um clube de futebol não tem conhecimento para conseguir shows, eventos corporativos enfim, entretenimento na medida em que a Arena necessitará para ser uma geradora de receitas importantes”, explica.
A solução foi unir o estádio e a estrutura oferecida pelo clube à experiência em gerir grandes espetáculos que a AEG acumulou. “Fomos então buscar os especialistas que não existem no Brasil. A AEG é a maior gestora de arenas e eventos do mundo. Eles se encantaram pelo projeto e, a partir daí, a negociação se iniciou e teve êxito. Temos certeza de ter feito a melhor escolha”, afirma.
A expectativa é de que grandes artistas internacionais desembarquem em Curitiba, periodicamente, a partir de julho do ano que vem. “Isto é parte do trabalho da AEG. Eles têm o ‘expertise’ para, além de produzirem eventos próprios, saber negociar com outros produtores”, explica Holzmann.
O ganho cultural que a nova Arena proporcionará para a capital paranaense deverá ser significativo. “Estamos construindo o equipamento não somente para o torcedor do clube, mas para a cidade e o estado. Isto precisa ser valorizado. O legado pós-Copa será da cidade e não apenas do CAP”, finaliza Holzmann.
Confira a entrevista dada pelo presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, para a TV CAP, falando da parceria do clube com a AEG Facilities e a palavra do CEO da AEG, Tim Leiweke.
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