Velhas Virgens, a receita do bom e velho rock and roll

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Velhas Virgens, a simplicidade do rock and roll

O show do Velhas Virgens, no Hangar Bar na última quinta-feira (16) em Curitiba, manteve a rotina das apresentação do grupo na cidade: Casa lotada, animação e o tradicional rock and roll sem meias palavras feito pela banda.

Em sua última visita à cidade, no começo do ano, o show foi dividido em uma parte acústica e outra elétrica. Desta vez, eles optaram pelo formato tradicional, do começo ao fim. A entrada no palco já dava o tom da noite com a música “Eu toco rock and roll”.

Depois de muita expectativa, a vocalista Juliana Kosso entrou ao som de “A mulher do diabo”. Vestida de Angus Young, guitarrista do AC/DC, com chifrinhos e tudo mais, ela arriscou, inclusive, o “passo do pato”, imortalizado pelo guitarrista. Ju, como não poderia deixar de ser, chama a atenção pela sua interação com o público e pela sua beleza. O assédio, porém, é encarado com naturalidade. “Eu não tenho muitos problemas com fãs, eles sempre são muito amáveis comigo. Às vezes acontece de alguém passar um pouco do ponto, mas é muito difícil”, afirma.

Na produção do show, os figurinos usados por Paulão e Juliana se destacam. Em “Senhor Sucesso”, por exemplo, o vocalista traja um terno azul e óculos de “cifrões”, encarnando um empresário do mundo da música interessado, é claro, no seu próprio lucro. Qualquer semelhança com o momento atual da música nacional não é mera coincidência.

Em “Siririca baby”, o público curitibano, tido como “tímido”, recebeu elogios do vocalista. “Foi o melhor coro dos últimos tempos”, afirmou. A cidade, aliás, é um dos locais mais emblemáticos na carreira da banda. “Curitiba foi uma das primeiras, talvez a primeira cidade onde nós tocamos, fora do estado de São Paulo. Já chegamos a nos apresentar aqui para 6.000 pessoas”, conta Cavalo.

Juliana também não poupa elogios ao estilo rocker curitibano. “É sempre bom estar aqui, principalmente porque as pessoas gostam de rock, então é muito mais fácil estar em um ambiente em que as pessoas já curtem o estilo. Parece que nós estamos em casa, somos super bem recebidos em Curitiba”, afirma.

Para manter o ânimo em alta, a cerveja lançada pela banda no começo do ano, a Indie Rocki’n Beer, estava sendo vendida ao público e entornada pelo grupo no palco. “Se eu soubesse que cerveja vendia tanto eu nunca teria feito CDs na vida”, brinca Cavalo.

Para encerrar a apresentação, Paulão empunhou o baixo, a la Oswaldo Vecchione, e fez uma homenagem ao Made in Brazil, tocando o hino “A minha vida é o rock and roll”. Você pode, inclusive, conferir neste link, a cobertura do show que o Made fez em Curitiba, no começo do ano, e uma entrevista com Vecchione.

Cwb Live Entrevista

O guitarrista Cavalo e a vocalista Juliana Kosso concederam uma entrevista exclusiva para o Cwb Live, no hotel onde a banda ficou hospedada no centro da cidade.

Cavalo está para lançar um livro dando dicas sobre como manter uma banda independente, usando como base a sua própria experiência com o Velhas. “Dou algumas dicas, principalmente, do que nós fizemos de errado na nossa carreira. Nós levamos quase dez anos para gravar o primeiro disco. Nesse meio tempo a gente aprendeu muito, nós acabamos batendo muito a cabeça. Se alguém tivesse vindo e conversado direito comigo, teria poupado muito trabalho para a gente”, explica Cavalo.

Nesse segundo semestre o grupo está com várias novidades agendadas. Uma delas é o lançamento do DVD que foi gravado em Curitiba na turnê “Ninguém beija como as lésbicas” e o CD “Carnavelhas 3”, que será uma homenagem à grandes nomes do humor e da chanchada brasileira. Para finalizar, a banda já está nos preparativos finais para o lançamento de uma nova cerveja que fará companhia à Indie Rocki’n Beer.

Como é possível perceber, o Velhas Virgens faz jus ao rótulo de maior banda independente do Brasil, com muito trabalho e rock and roll.

Confira a entrevista em vídeo com a banda, na íntegra, e três músicas do show.

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