Na foto, o economista alemão Richard Werner.| Foto: Divulgação/www.professorwerner.org
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No último dia 12, uma matéria na Gazeta do Povo confirmou o que tenho falado há 2 anos quanto à substituição do dinheiro físico pelo digital. Depois da divulgação do conjunto de programação do Real Digital no GitHub, foi possível termos uma noção mais clara dos novos atributos trazidos por essa “maravilhosa” tecnologia. Segundo dados trazidos pelo referido artigo, o Banco Central seria capaz de acessar todas as transações financeiras de qualquer pessoa, descontar impostos diretamente na conta, determinar um “prazo de validade” para o valor disponível, além de congelar o patrimônio digital. Estranho, não? Mas e se eu te disser que a coisa é muito pior do que parece?

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Nesta coluna, tentarei fazer aquilo que é meu objetivo sempre por aqui: mostrar o outro lado da informação que não está sendo apresentado; anunciar as coisas antes que aconteçam; isso tudo para que você possa se preparar e se proteger. Vamos lá.

Os bancos centrais mundo afora atrasaram sua agenda de substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital. E devemos aproveitar que o projeto foi atrasado para criarmos alternativas.

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No dia 20 de junho deste ano foi publicado um texto que, para mim, representa o anúncio do fim do mundo como o conhecemos. E, como sempre, o conteúdo vital não ganhou nenhuma repercussão. O que aconteceu? O Banco de Compensações Internacionais (uma espécie de “Banco Central dos Bancos Centrais”) publicou recentemente um relatório chamado Blueprint for the future monetary system: improving the old, enabling the new. Esse relatório propõe que uma moeda digital do banco central servirá como a nova reserva de valor global, e exige o confisco digital de todas as propriedades físicas, atribuindo a cada item do mundo real seu próprio token exclusivo. Esse token conterá regras sobre como cada item pode ou não ser usado. Isso daria aos bancos centrais controle total sobre todo o patrimônio das pessoas. Ou seja, a tokenização traria o controle não apenas sobre o patrimônio digital de cada um, mas também sobre o patrimônio físico. Conclusão: um pesadelo total. E poucos parecem estar preocupados com isso. Não conseguem nem mesmo entender o tamanho das mudanças que estão chegando.

Uma exceção é o economista bancário alemão Richard Werner. Numa conversa recente, ele explicou o que poderia ser um caminho para atrasar, ou mesmo impedir, o Grande Reset. Antes de anunciar a solução proposta por Werner, gostaria de comentar um pouco sobre suas credenciais.

Com a moeda digital, o Banco Central seria capaz de acessar todas as transações financeiras de qualquer pessoa.

Ele é bacharel em economia pela London School of Economics. Recebeu seu doutorado em economia pela Universidade de Oxford. Atualmente leciona na Winchester University. Agora, a parte mais “curiosa”. Em 2003, foi escolhido como Global Leader for Tomorrow (“Líder Global para o Amanhã”) pelo Fórum Econômico Mundial em 2003. Conclusão: é um “insider” do sistema. Mas parece que hoje está determinado a alertar o mundo sobre as mudanças que estão por vir.

No último dia 7, Werner concedeu uma entrevista ao canal do YouTube de Ivor Cummins, trazendo o que ele acredita ser a única maneira de sobreviver ao Grande Reset, ou seja, a “grande redefinição” alardeada por Klaus Schwab, líder do Fórum Econômico Mundial. O caminho seria começar imediatamente a criação de um sistema bancário alternativo, comunitário. Em cada região, eles devem ser estabelecidos localmente e autorizados pelos reguladores locais (creio que neste ponto está o grande desafio). Ele incentiva as pessoas a tomarem essa iniciativa lembrando que se trata de um investimento lucrativo. Os investidores terão um retorno, enquanto a comunidade local também seria beneficiada. É uma forma de atrasar, talvez até impedir, a introdução dos CBDCs, a saber, as Central Bank Digital Currencies (moedas digitais controladas pelos bancos centrais).

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Será que a criação de bancos alternativos, comunitários seria o caminho para contornar essa nova ordem?

Segundo Werner, os bancos centrais mundo afora literalmente atrasaram sua agenda de substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital. E devemos aproveitar que o projeto foi atrasado para criarmos alternativas. Segundo o professor, a tecnologia do CBDC já estava pronta para ser lançada por volta de 2015. Porém, como eles são muito cuidadosos com o timing, decidiram esperar um pouco mais, aguardando um momento oportuno para apresentar a proposta da nova moeda digital.

O timing agora está muito mais favorável. Isso porque a crise de 2008 e a crise sanitária criaram um contexto propício para essa mudança. Empregos foram perdidos, pequenas empresas quebraram, levando as massas a dependerem de um auxílio emergencial. O objetivo é, com a redução das ofertas de trabalho, instituir globalmente uma renda básica universal. Mas, para isso ser viabilizado, foi necessário realizar a chamada “bancarização”, ou seja, inserir no sistema aqueles que não existiam no mundo digital. Obviamente, neste processo, o PIX teve um papel preponderante no contexto brasileiro. Conclusão: quem quiser receber a ajuda estatal terá que aceitar o sistema da moeda digital.

Segundo Werner, o que as pessoas não mencionam é como esses CBDCs realmente se parecem. Ele lembra que, no momento, as pessoas acreditam que serão aplicativos instalados em smartphones. Mas o economista alerta que esta é apenas sua fase inicial. Segundo afirmou na entrevista citada acima, um diretor de Banco Central lhe teria dito que os CBDCs serão implantados sob a pela das pessoas. Ele afirma que seria uma espécie de chip RFID (identificação por radiofrequência) subcutâneo no dorso da mão. Eu, porém, creio que serão utilizadas as chamadas “tatuagens quânticas”. Desenvolvida por cientistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology), com patrocínio da Fundação Bill e Melinda Gates, a “tatuagem” é criada por meio de um adesivo contendo microagulhas (que mais parecem dentes de uma serpente, quando vistas de perto). Essas pequenas agulhas, quando pressionadas contra a pele, inserem “pontos quânticos” subcutâneos, que podem ser “lidos” sob condições especiais de luz.

O curioso é que a substância de bioluminescência que faz brilhar os pontos quânticos se chama “luciferase”. Além disso, uma patente relacionada a essa tecnologia, chamada SISTEMA DE CRIPTOMOEDAS USANDO DADOS DE ATIVIDADE CORPORAL, possui a estranha numeração de WO/2020/060606, registrada pela Microsoft no dia 26/03/2020.

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Se você imagina que isso é uma marca na mão, que brilha por meio da substância “luciferase”, que possui um número de série 060606 e que ninguém poderá comprar nem vender sem isso, aí o negócio fica bem estranho. Mas deve ser tudo coincidência, assim espero. Será que a criação de bancos alternativos, comunitários, segundo sugestão de Richard Werner, seria o caminho para contornar essa nova ordem? Deixe sua opinião nos comentários.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]