Uma nova série da Netflix tem dado o que falar. Meus seguidores nas redes sociais estão sempre me pedindo para fazer um comentário sobre a nova produção, que mistura física, geopolítica e alienígenas. Ainda estou nos primeiros episódios, mas um detalhe me chamou a atenção. No final do segundo capítulo, o personagem Jack Rooney, um ex-estudante de física, está conversando com a amiga Jin Cheng, uma brilhante física teórica de Oxford, sobre um misterioso capacete de um jogo, que insere o usuário numa realidade alternativa que parece 100% fidedigna. Neste ponto, abismado com o realismo do equipamento, Rooney diz que aquela tecnologia está 150 anos à frente de tudo que conhecemos.
Neste ponto, lembrei do livro de Annie Jacobsen, The Pentagon’s Brain, em que ela defende que a DARPA (a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA) possui equipamentos bélicos que estão sempre, no mínimo, 30 anos à frente do que conhecemos. Eu concordo com ela.
A NASA anunciou que irá lançar três foguetes para estudar como o súbito desaparecimento do sol afeta a ionosfera, a parte superior da atmosfera.
Numa entrevista recente para o podcast do Lex Fridman, ela repetiu essa ideia, dizendo que tem certeza de que os EUA possuem capacidades muito à frente de seus concorrentes hoje, o que os colocaria numa posição muito vantajosa na perspectiva de uma 3ª Guerra Mundial.
Foi essa tese que defendi num capítulo do meu livro À Beira do Abismo: geopolítica, globalismo e o fim do mundo, feito a partir das colunas que escrevo aqui na Gazeta do Povo. Num artigo publicado aqui no dia 1º de fevereiro de 2022, com o título Sinto cheiro de Projeto Manhattan 2.0, defendi a ideia de que os EUA estariam desenvolvendo um novo projeto secreto de novas armas que desafiariam a mente humana. Seria por isso que os EUA reduziram em quase 80% seu número de ogivas nucleares ativas: porque eles possuem outro equipamento mais novo e poderoso.
Para minha surpresa, em fevereiro de 2023, o PhD em física matemática por Harvard defendeu a mesma ideia que eu apresentei um ano antes. No episódio em questão, o matemático – que já foi diretor do Thiel Capital, o hedge fund de Peter Thiel – afirmou que estava suspeitando que a grande repercussão que a questão alienígena estava ganhando no Congresso e na mídia norte-americana seria, na verdade, uma maneira de esconder um Projeto Manhattan 2.0. Eu também creio nisso.
Obviamente, a galera das redes sociais irá dizer que eles já estão se programando para um período de escuridão que começaria neste estranho ano de 2024
Eu e Eric Weinstein não conseguimos provar nossa tese, mas o fato é que na próxima segunda-feira teremos uma concomitância de eventos cósmicos, experimentos físicos e astronômicos de vanguarda e coincidências místicas, bem em linha com o enredo da série O Problema dos 3 Corpos. Está marcado para próximo dia 8 um eclipse que está dando o que falar. Isso porque as redes sociais estão em polvorosa dizendo que o evento seria um presságio de algo ruim chegando para a humanidade. Para além das suspeitas apocalípticas, a NASA anunciou que irá lançar três foguetes para estudar como o súbito desaparecimento do sol afeta a ionosfera, a parte superior da atmosfera. Obviamente, a galera das redes sociais irá dizer que eles já estão se programando para um período de escuridão que começaria neste estranho ano de 2024. Isso tudo ganha mais “frisson” quando o pessoal descobriu que a NASA nomeou o experimento de “APEP”, a entidade também conhecida como “Apófis” na mitologia egípcia, ninguém menos que o “Senhor do Caos”. Apep representa a divindade da escuridão, do caos, oponente da luz e do sol, e também inimigo de Ma’at (entidade da ordem e da verdade). Isso tudo leva os internautas ao delírio.
Enquanto isso, o CERN fará um teste histórico exatamente no dia do eclipse. Depois de 2 anos parado, o acelerador de partículas mais poderoso do planeta irá buscar entender a matéria escura, que apesar de compor cerca de 85% do universo, não pode ser vista, pois não interage com a luz. Não podemos esquecer que há, no CERN, uma estátua de Shiva Nataraja, em que a divindade hindu é representada como um dançarino que destrói o universo e o prepara para um novo processo de criação. Também é importante lembrar que, em 2016, foi filmado um suposto ritual satânico de sacrifício humano ao redor da estátua de Shiva no CERN, que deu início a uma investigação por parte da instituição. É claro que o resultado “oficial” da análise foi que tudo não passava de uma “brincadeira”...
Além disso, como não poderia ficar mais estranho, o eclipse do dia 8 irá tornar visível o “Cometa do Diabo”, que recebeu esse nome pois parece ter chifres. Como seu ciclo é de 71 anos, estão dizendo que pode ser uma oportunidade única na vida de ver com os próprios olhos o estranho cometa. Ou seja, só coisas “light” acontecendo.
Também em abril está agendado o ritual de sacrifício da novilha vermelha em Israel, no Monte das Oliveiras. Segundo as regras bíblicas, esse ritual de purificação é necessário para preparar os sacerdotes para oficiarem no novo templo que o grupo chamado “Instituto do Templo” está querendo construir em Jerusalém. O problema é que isso traz uma atmosfera apocalíptica, uma vez que seria o prelúdio para a vinda do Messias. Porém, muitos entendem que este será, na verdade, o falso Messias, o Anticristo.
Conclusão: a próxima segunda-feira promete.
P.S.: Mais um estranho detalhe. Um executivo que trabalhou na série O Problema dos 3 Corpos foi condenado à morte por matar por envenenamento o produtor do programa.
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