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Daniel Lopez

Daniel Lopez

Jornalista e teólogo, autor de ‘Manual de Sobrevivência do Conservador no Séc. XXI’. É doutor em linguística pela UFF

Geopolítica oracular

Eles estão simulando o fim do mundo (de novo)

Imagem do exercício “Catastrophic Contagion”, que simula uma nova epidemia surgida em 2025. (Foto: Reprodução)
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Quem acompanha minhas colunas por aqui está ciente de que um exercício realizado no dia 18 de outubro de 2019 previu com grande eficácia a pandemia global que se iniciaria em dois meses depois. A simulação foi chamada de “Event 201” e reuniu líderes mundiais que atuam na área de saúde pública.

O que deixou o cidadão vigilante de cabelos em pé foi a informação de que o mesmo grupo que realizou a simulação de 2019 reuniu-se novamente no dia 23 de outubro de 2022, na Bélgica. Contando mais uma vez com o patrocínio da OMS, da Fundação Bill & Melinda Gates e da Universidade Johns Hopkins, o novo exercício foi chamado de “Catastrophic Contagion” (“Contágio Catastrófico”), e reuniu 10 atuais e ex-ministros da saúde e altos funcionários de saúde pública do Senegal, Ruanda, Nigéria, Angola, Libéria, Cingapura, Índia e Alemanha, bem como Bill Gates, co-presidente da fundação que carrega seu nome e o de sua ex-esposa.

Será que viveremos duas pandemias com um intervalo menor do que 100 anos, como tem sido nos últimos séculos?

O evento contou com reuniões simuladas do conselho consultivo de saúde da OMS, para tratar sobre uma hipotética nova doença surgida em 2025, que recebeu o nome fictício de “Síndrome Respiratória Epidêmica Grave de Enterovírus 2025”. No exercício, a enfermidade evoluiu para uma pandemia com uma taxa de mortalidade mais alta que a Covid-19 e que “desproporcionalmente” atingiria crianças e jovens, ao contrário da Covid-19, que era mais prejudicial aos idosos.

O que é estranho é que, no caso da simulação de 2019, a pandemia começava em fazendas de porcos no Brasil. Desta vez, o vídeo da simulação afirma que o contágio começou em dois países fictícios da América do Sul, chamados “Nueva Esperanza” e “San Rafael”. Pelo mapa criado na simulação, as regiões parecem ser equivalentes às localizações da Venezuela, Guiana ou mesmo do Brasil. Você não acha estranho ambas as simulações terem escolhido o Brasil como local de origem? Diga sua opinião nos comentários.

Outra estranheza é que Bill Gates tem insistido há três anos que uma segunda pandemia viria, é mais letal que a primeira. No dia 24 de abril de 2020, quando o mundo ainda estava tentando entender o que estava acontecendo com o mundo naquele momento, ele deu uma entrevista para Stephen Colbert e defendeu a necessidade de o mundo se preparar para a “Pandemia 2”.

Será que viveremos duas pandemias com um intervalo menor do que 100 anos, como tem sido nos últimos séculos? Seria algo inédito, e triste. Que Deus nos livre. Amém.

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