Nesta semana, a humanidade ganhou de presente um exemplo muito claro daquilo que os “senhores do mundo” estão planejando para toda a humanidade: nada menos do que uma espécie vulgar de neofeudalismo. O palco deste show de horrores é a Holanda, onde uma insurreição de fazendeiros contra leis draconianas está rasgando o véu da hipocrisia oligárquica e expondo as entranhas dos mais obscuros desejos de uma engenharia social a nível planetário.
O feudalismo é um sistema que envolve aspectos legais, econômicos, militares e culturais. Contudo, sua característica mais peculiar é a relação do homem com a terra. A palavra se origina do conceito de “feudo”, ou seja, a terra “emprestada” por um “suserano” a um “vassalo”, sob a condição de que o lote fosse trabalhado, mas uma parte dos frutos ficaria para o dono. Ou seja, “ninguém tinha posse de nada, mas era feliz”. Já ouviu algo parecido com isso?
A primeira das oito polêmicas previsões para 2030, divulgadas em novembro 2016 num vídeo do Fórum Econômico Mundial, trazia o seguinte: “Você não terá nada. E ficará feliz. O que quiser, você alugará e será entregue por um drone”. Hoje, na Holanda (e nos Estados Unidos) ficou muito mais claro como esse retorno ao feudalismo será implementado. Um processo que infelizmente também já está ocorrendo no Brasil. Podemos dizer que se trata de uma reencenação não apenas do feudalismo, mas de uma fusão com as antigas "Leis de Cercamentos”, implementadas sucessivamente por monarcas ingleses, intensificadas em meados do século XVIII. As terras que eram de uso comum dos camponeses foram paulatinamente expropriadas, e os rurais que as utilizavam por séculos foram completamente privados de seu modo de subsistência ancestral. Este processo fez com que o senhor feudal deixasse de ser uma espécie de “detentor da posse” da terra e se transformasse em seu “proprietário".
É claro que se você não tiver nada, tudo estará nas mãos de alguém. Se você precisar “alugar”, terá que solicitar ao seu dono efetivo. Sempre há um dono. Então, não se trata do fim da propriedade privada, mas da concentração da posse nas mãos de uma oligarquia cada vez mais restrita. Porém, toda mudança precisa de um argumento, uma justificativa. Para que esse processo de transferência da posse seja concluído, uma razão precisa ser dada, por mais absurda que seja. Hoje, a confusão que está acontecendo na Holanda tem um argumento. Primeiro, é necessário entender a loucura que está se desenrolando por lá.
Na última terça-feira (28), políticos holandeses determinaram que até 2030 (atenção à data) os fazendeiros devem reduzir em 50% a emissão óxido de nitrogênio. Para isso, o governo quer restringir a criação de gado e suínos, assim como incentivar a compra de fazendas em que as vacas e porcos “urinam” muito, ou seja, “poluem” o ambiente com amônia. Para salvar a natureza, os gestores tiveram a ideia genial (estou sendo irônico) de reduzir drasticamente a produção de alimentos. Isso tudo, por incrível que pareça, numa época em que o mundo ouve diariamente rumores cada vez mais concretos de escassez de comida. Seria tão absurdo quanto impedir a exploração de novos poços de petróleo durante uma crise energética. Ou seja, exatamente o que Biden determinou nas primeiras horas de seu governo. Estranho, não?
Na prática, o que o governo holandês está fazendo é pedir que os fazendeiros do maior produtor de carne da Europa desistam de seus negócios e, no fim das contas, entreguem suas propriedades. Ficou mais do que evidente que estamos diante de uma escassez proposital de mantimentos e combustíveis. E o plano é a restauração do feudalismo. Na verdade, o estabelecimento de uma relação muito pior do que a dinâmica feudal, uma vez que o suserano medieval não possuía meios de saber literalmente tudo, em tempo real, que seu vassalo estava comprando, fazendo e até pensando. Não havia crédito social, pegada de carbono, moeda digital controlada pelo governo nem Banco Central. É por esta razão que chamo os atuais progressistas de regressistas, pois a proposta é sempre um retorno ao feudalismo ou a uma vida tribal.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, Bill Gates foi autorizado a comprar uma gigantesca faixa de terras agrícolas de Dakota do Norte, desembolsando 13,5 milhões de dólares. No início, quando souberam da aquisição, moradores protestaram, dizendo que estavam sendo explorados pelos super ricos. O povo local invocou uma lei de propriedade de fazendas anti-corporativas de 1932 contra a Red River Trust, de Gates, que havia comprado mais de 2 mil acres na região. Porém, agora a Procuradoria Geral do estado concluiu pela legalidade do negócio, com o argumento de que o projeto propõe que a terra será “arrendada para agricultores”, ou seja, feudalismo. Lembrando que Gates é hoje nada menos do que o maior proprietário individual de terras agrícolas dos EUA, totalizando um patrimônio de 270.000 acres.
E você acha que Gates não está atento ao que está acontecendo na Holanda? O supermercado holandês Picnic garantiu 600 milhões de euros em investimentos no final do ano passado. E quem você acha que foi um dos maiores investidores? Ninguém menos que Fundação Bill & Melinda Gates. É curioso o fato de que a empresa é conhecida por seu serviço de entrega de supermercado apenas online, que é enviado diretamente para as portas da casa do cliente por meio de pequenas vans elétricas pequenas. “Tudo será entregue na porta da sua casa”...
Enquanto eles compram tudo, querem nos convencer que a melhor coisa a fazer é não termos nada e sermos felizes pegando tudo “emprestado” com eles. É um jogo muito sujo, mas que está sendo recebido com festa pelas massas, que estão ocupadas, na sala de jantar, pensando em como fazer para acordar o Pedrinho.
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