Estamos numa situação muito mais tensa do que a maioria da humanidade pode imaginar. As pessoas têm a falsa percepção de que a crise na Ucrânia é um problema localizado, apenas uma disputa entre Moscou e Kiev. Porém, uma entrevista recente mostrou ao mundo que a situação está atingindo um ponto de inflexão.
Na semana passada, o CEO da Raytheon concedeu uma entrevista à emissora CNBC que deixou o cidadão vigilante de cabelos em pé. Greg Hayes, líder de uma das maiores empresas do setor bélico do mundo, mostrou ao planeta que Washington está diretamente envolvido no conflito na Ucrânia.
Os abutres do mundo estão ávidos por sugar nossos recursos energéticos e alimentares. Que a triste situação ucraniana nos sirva de exemplo de como seria complexo um conflito por aqui.
Ele explicou que sua companhia está fornecendo ao exército ucraniano inteligência em tempo real. Eles identificam, por exemplo, um tanque russo por meio de satélites e drones e repassam a localização imediatamente para Kiev, para que o blindado seja alvejado. Ele afirmou que isso é algo que os russos nunca haviam colocado em suas mentes na hora de calcular a dinâmica do conflito. Além disso, nesta última terça-feira (13), Washington informou que enviará à Ucrânia mísseis Patriot, que custam ao contribuinte norte-americano US$ 3 milhões por unidade.
A preocupante conclusão que chegamos é que os Estados Unidos agora estão num confronto direto com a Rússia. As consequências disso são suficientes para deixar o leitor mais atento de cabelos em pé. Mas não apenas isso. Para os brasileiros a informação também pode oferecer um importante insight sobre como seria, nos dias atuais, um eventual conflito do Brasil com algum país vizinho. Certamente não seria uma disputa apenas entre duas nações.
Tendo em vista a posição estratégica que temos hoje na segurança energética e alimentar de todo o planeta, certamente outras potências se envolveriam na disputa, ainda que indiretamente, fornecendo, assim como na Ucrânia, dinheiro, equipamentos, informações e talvez até mesmo mercenários. Mas o preocupante é que, provavelmente, todo esse apoio externo não seria em favor do Brasil, mas contrário.
Os abutres do mundo estão ávidos por sugar nossos recursos energéticos e alimentares. Que a triste situação ucraniana nos sirva de exemplo de como seria complexo um conflito por aqui. Que Deus nos proteja.
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