Antes de apresentar o jovem que desempenhou enorme papel no retorno de Donald Trump ao poder, é necessário explicar o tamanho dessa vitória. Uma análise interessante foi feita por Stephen Miller, ex-conselheiro sênior da Casa Branca. Em suas redes sociais, o analista defendeu que “a vitória eleitoral esmagadora alcançada por Donald Trump não é apenas a maior vitória na história política americana, mas na história moderna da civilização”. Segundo Miller, com a vitória de Trump, dinastias como as de Bush, Clinton, Cheney, Obama, Biden teriam sido derrotadas e toda a “máquina corrupta por trás de Kamala Harris”. Ele conseguiu vencer a mídia, o lawfare trazido pelo Departamento de Justiça, a censura, a vigilância, os “especialistas” e toda a classe política. Por fim, segundo Miller, ele venceu a própria morte. Realmente, uma vitória sem precedentes.
Elon Musk, que se tornou um dos maiores apoiadores de Trump, comentou na publicação acima, dizendo o seguinte: “O povo americano deixou absolutamente claro que rejeita totalmente a atual classe dominante. O que eles querem é uma reforma radical do governo". Em outra publicação, Musk ofereceu mais argumentos que confirmam o ineditismo do que aconteceu no último dia 5 com a vitória de Trump.
Certamente o resultado surpreendente de Trump não se deve exclusivamente a podcasts. Mas não há dúvida de que a estratégia representou uma parte fundamental da performance estarrecedora
Informando que o Arizona havia acabado de confirmar a vitória de Trump no estado, ele ressaltou que o presidente eleito simplesmente “varreu” todos os estados indecisos, naquilo que está sendo chamado de “onda vermelha”, em referência à cor usada pelo Partido Republicano. Ele acrescentou que a vitória foi “esmagadora”, uma vez que os republicanos venceram a Presidência, o voto popular, o colégio eleitoral, a maioria no Senado, na Câmara, nos governos estaduais e nas legislaturas estaduais. Ele concluiu a publicação afirmando que esse é um sinal claro de que o povo americano quer mudanças significativas.
Sabemos que muitos fatores contribuíram para esta vitória de Trump sem precedentes. Porém, um detalhe importante que está passando despercebido foi uma estratégia de marketing inovadora criada por um jovem de 27 anos que teve grande contribuição para o impressionante resultado. A informação foi trazida por Eric Cortellessa, um correspondente político nacional na TIME, cobrindo Donald Trump e a direita americana.
Ele publicou o estudo tanto na revista Time quanto em suas redes sociais. Ele explicou que a estratégia de Trump era focar nos homens jovens que interagiam com política por meio de podcasts e redes sociais. Por isso, no mês de julho, Susie Wiles, a gerente da campanha, comissionou um jovem de 27 anos chamado Alex Bruesewitz para montar uma estratégia de aparições de Trump em podcasts.
Eles começaram elaborando uma lista de shows para o presidente assistir. Depois de formalizada essa estratégia preliminar, eles ligaram para Trump, que estava no campo de golf, informando sobre os podcasts. Segundo matéria da Time, o presidente perguntou se eles já haviam falado com Barron sobre isso, se referindo a seu filho de 18 anos. Eles procuraram o rapaz, que deu o sinal verde para a ideia. E assim o plano foi colocado em prática.
Eles começaram com Adin Ross, que tem grande audiência realizando transmissões ao vivo de videogames junto com celebridades. Depois, conseguiram importantes participações nos programas de grande audiência jovem, como os apresentados por Logan Paul, Theo Von e Joe Rogan, considerado o maior podcast do mundo.
Segundo matéria recente da NBC, a estratégia foi muito bem-sucedida. Conforme o levantamento, Trump conseguiu a adesão de 60% dos jovens brancos, e ótimos números entre homens latinos e afro-americanos. No geral, ele conquistou 42% dos eleitores de 18 a 29 anos, uma marca impressionante.
Certamente o resultado surpreendente de Trump não se deve exclusivamente a podcasts. Mas não há dúvida de que a estratégia representou uma parte fundamental da performance estarrecedora. É possível que somente sejamos capazes de entender mais profundamente os aspectos mais profundos dessa “onda vermelha” daqui a alguns anos.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião