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Daniel Lopez

Daniel Lopez

Jornalista e teólogo, autor de ‘Manual de Sobrevivência do Conservador no Séc. XXI’. É doutor em linguística pela UFF

Geopolítica preditiva

Musk super sincero jogou bomba sobre poderosos

O empresário de tecnologia Elon Musk, dono da Tesla (Foto: EFE/EPA/TOLGA AKMEN / POOL)

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Elon Musk permeou boa parte do noticiário nesta última semana. Por vários motivos diferentes. Porém, o ponto mais estranho de suas aparições recentes passou despercebido pela grande mídia. Creio que a maioria de vocês deve ter visto o foguete da Space X que realizou uma manobra inédita, fazendo com que o propulsor da nave retornasse à base de lançamento no Texas. Realmente um feito que entrará para a história.

Mas este não foi o único acontecimento que levou o dono da Tesla ao noticiário. Num vídeo compartilhado por Musk em suas redes sociais, gravado durante um evento na última quinta-feira (10) chamado “We Robotic”, vimos um homem conversando com um robô e interagindo de forma inacreditável. Com a voz de um jovem, o robô foi respondendo todas as perguntas com uma desenvoltura impressionante.

O dono da Tesla, numa postura de sinceridade total, liberou uma série de informações bombásticas. A mais curiosa delas foi quando ele começou a explicar o motivo pelo qual tantos bilionários estão apoiando Kamala Harris

Mas não foi apenas isso. Ele também apresentou seu “Cybercab”, o robotaxi 100% autônomo da Tesla, que utiliza a tecnologia FSD (Full Self-Driving) e não depende de mapas de alta definição para trafegar pelas ruas. Realmente um automóvel impressionante, que torna realidade coisas que assistíamos apenas em obras de ficção científica.

Além disso, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, fez uma declaração poderosa sobre as conquistas recentes de Elon Musk no desenvolvimento de sua inteligência artificial xAI: “Nunca foi feito antes – o xAI fez em 19 dias o que todos os outros levaram um ano para realizar. Isso é sobre-humano. Só há uma pessoa no mundo que poderia fazer isso. Elon Musk é singular em sua compreensão da engenharia”. A Starlink também anunciou que as pessoas afetadas pelos furacões Helene e Milton poderiam acessar seus serviços de forma gratuita até o fim deste ano.

Ou seja, uma semana muito agitada para Musk e suas indústrias. Porém, o conteúdo mais o impactante, em minha opinião, sobre o magnata da tecnologia foi aquele que obteve menor repercussão: uma entrevista de quase duas horas que ele concedeu para o jornalista Tucker Carlson. Nela, o dono da Tesla, numa postura de sinceridade total, liberou uma série de informações bombásticas. A mais curiosa delas foi quando ele começou a explicar o motivo pelo qual tantos bilionários estão apoiando Kamala Harris. Segundo Musk, o motivo é porque eles estão desesperados que, com o retorno de Trump ao poder, a lista de poderosos que frequentaram a ilha de Jeffrey Epstein possa ser liberada.

Neste momento, o entrevistador perguntou se Musk acreditava que Reid Hoffman estaria preocupado com essa possibilidade. Carlson acrescentou que citou Hoffman porque estava partindo do princípio que Musk o conhecia pessoalmente. O dono da Space X respondeu positivamente, afirmando que Hoffman foi seu vice-presidente executivo e diretor de operações (COO) do PayPal. Hoffman deixou a empresa em 2002, quando ela foi adquirida pelo eBay por 1,5 bilhão de dólares. Foi nesta época que Hoffman fundou o LinkedIn. Hoffman é um dos grandes doadores do Partido Democrata.

Mas foi neste ponto que Musk acrescentou outro nome à lista de doadores do Partido Democrata que devem estar muito preocupados com uma eventual vitória de Trump, e com a consequente possibilidade de liberação da lista de visitantes da ilha de Epstein: Bill Gates. Dizem que foi por esse vínculo com Epstein que Melinda Gates decidiu se separar do fundador da Microsoft.

Se realmente a teoria de Musk fizer sentido, uma vitória de Donald Trump poderia gerar um cataclisma nos altos escalões do poder, não apenas nos EUA, mas no mundo inteiro. Isso sem falar que tudo parece indicar que o mercado financeiro já está trabalhando com a certeza de uma vitória de Trump. Quem trouxe essa informação recentemente foi ninguém menos do que Stanley Druckenmiller, investidor bilionário que, de 1988 a 2000, administrou dinheiro para ninguém menos que George Soros como o principal gerente de portfólio do Quantum Fund. Ele afirmou em entrevista recente que a performance das ações dos bancos, das criptomoedas e das ações da própria empresa de Trump (DJT) mostram que já existe um consenso de que o ex-presidente irá retornar à Casa Branca.

Mas será que os bilionários apoiadores de Harris irão permitir que seus nomes sejam divulgados como frequentadores da ilha de Epstein? É possível que uma surpresa de outubro ainda apareça antes do dia 5 de novembro para embaralhar todo o cenário das disputas pela Casa Branca deste ano.

Pegue sua pipoca e se prepare, pois muita coisa estranha ainda irá acontecer. Prepare-se.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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