No mundo atual, com fácil acesso a informações pela internet, há um grande debate sobre o que existe e o que não existe. Enquanto físicos estão discutindo se a teoria das cordas é realmente uma descrição fidedigna da realidade, no mundo da aviação a conversa é sobre que tipo de tecnologia avançada as empresas que fabricam equipamentos bélicos para os Estados Unidos possuem. Esta última é muito difícil de resolver, uma vez que, por exemplo, no caso da Lockheed Martin, especificamente no setor da Skunk Works (dedicada a projetos de “aeronaves de plataformas exóticas”), 85% dos seus projetos são classificados, ou seja, sem acesso possível ao público, mesmo utilizando o FOIA, ou seja, o Freedom of Information Act, equivalente à nossa Lei de Acesso à Informação.
Isso porque o protocolo de sigilo associado a esses projetos está vinculado a questões de segurança nacional norte-americana, e abrigados pelo Department of Energy – o mesmo que desenvolveu, em completo sigilo, a bomba atômica, no Projeto Manhattan, hoje famoso devido ao filme de Christopher Nolan que conta a história do responsável pelo Laboratório de Los Alamos, Julius Oppenheimer.
O que nos consola é que isso são apenas patentes. Nunca isso seria implementado e utilizado. Ufa.
Porém, há um caminho para que possamos ter uma ideia desse estranho mundo dos mais avançados projetos científicos: o curioso universo do registro de patentes. Obviamente, você encontrará ali as coisas mais loucas que alguém poderia imaginar. Entretanto, quando a patente é registrada pela Aeronáutica, Marinha e o Exército dos EUA, o negócio fica um pouco mais sério.
Se você pesquisar no Google “US patent 6470214”, você encontrará uma série de projetos no mínimo interessantes. O primeiro resultado que aparece, listado pelo próprio site de patentes do Google, se chama, traduzindo para português, “Método e dispositivo para implementação do efeito auditivo de radiofrequência”. Isso é um tema estranhíssimo, e que já apareceu algumas vezes na revista Wired, uma das revistas mais renomadas do mundo sobre ciência e novas tecnologias. Com matérias como “The Voice of God Weapon Returns”, de dezembro de 2007, eles já falavam sobre um equipamento bélico que era capaz de, por meio de micro-ondas, jogar um áudio diretamente para o crânio de um oponente no campo de batalha, fazendo com que ele tivesse a percepção que Deus estava falando com ele.
Imagine os EUA utilizando isso contra um oponente religioso, fazendo com ele escute – só ele, nenhum dos demais ao seu redor – dentro de sua mente (sem passar pelo tímpano ou pelo ouvido), a seguinte mensagem: “Os americanos são meus escolhidos. Eu os enviei. Baixe suas armas, eles são os meus servos. Eu sou Deus, e falo contigo”. Aterrorizante, não?
Porém, o mais estranho está na segunda ocorrência quando pesquisamos no Google por “US patent 6470214”. Neste caso, o título do arquivo encontrado é “Directed Energy Weapon / Targeted Individual Patents” (em português, “Arma de Energia Direcionada/Patentes de Indivíduos Alvo”). Neste caso, você encontra uma lista de patentes muito loucas. Dentre elas, lemos na descrição da patente US 6091994 A: “pulsação de manipulação do sistema nervoso central”. Na patente US 6488617 B1, a descrição traz: “Método e dispositivo para produzir um estado cerebral desejado por meio de ondas magnéticas”. Na patente US 8579793 B1, consta que, segundo a descrição, o objetivo seria “controlar o estado do cérebro, colocando padrões de campo eletromagnético projetados na instalação elétrica de ares-condicionados de um edifício”.
No registro US 20140309484 A1, temos a seguinte descrição: “Induzir o estado cerebral desejado pessoalmente adicionando ondas a um arquivo de música”. Na patente US 6017302 A, lemos que o objetivo é “induzir o estado emocional desejado por meio de frequências eletromagnéticas remotas, como, por exemplo, gerar excitação sexual ou insônia”. Na patente US 6470214 B1, lemos que ela “transmite remotamente um som inteligível para a consciência da pessoa (Voz para o Crânio)”. Essa tecnologia de “Voz para o Crânio” é a mesma que citamos acima, conhecida também pela abreviação V2K ou pelo nome de “Arma da Voz de Deus”. O curioso é que esta última foi registrada originalmente pela Força Aérea dos Estados Unidos.
O que nos consola é que isso são apenas patentes. Nunca isso seria implementado e utilizado. Ufa. (OBS: contém ironia).
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