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Como aconteceu nas Malvinas e no 11 de setembro, as guerras sempre foram usadas na tentativa de melhorar a popularidade de presidentes em decadência
Como aconteceu nas Malvinas e no 11 de setembro, as guerras sempre foram usadas na tentativa de melhorar a popularidade de presidentes em decadência| Foto: AP

Existe um algoritmo que pode responder algumas das perguntas mais intrigantes do cenário geopolítico neste conturbado ano de 2022. Hoje, o mundo segue perplexo diante da decisão da presidente da Câmara dos Estados Unidos de visitar Taiwan, mesmo com toda reclamação (e ameaças) da parte de Pequim. Por que fazer isso neste momento? Qual a razão de confrontar a China e arriscar o início de um conflito de proporções inimagináveis?

Qual seria esse algoritmo? Tudo que acontecer neste ano deve ser interpretado como possuindo motivações eleitorais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Simples assim. Isso porque, em 2022, os norte-americanos também terão importante disputa: as famosas eleições de meio de mandato ao Congresso, as famosas "midterms". Entretanto, o partido da situação amarga uma popularidade minguada, principalmente diante da inflação, crise econômica e mais uma miríade de problemas. Não está nada fácil para o Partido Democrata, que está partindo às últimas consequências para tentar “distrair” o povo do caos que se tornou a maior economia do mundo.

Uma verdadeira estratégia de diversionismo parece ter sido colocada em jogo. Lembrando que a ideia de “diversionismo” envolve estratégias para desviar a atenção do público para assuntos diferentes do que estão sendo tratados. O primeiro esforço de distração aconteceu ontem, quando Biden anunciou que os EUA eliminaram um dos líderes da Al Qaeda, numa operação digna de Hollywood. Encontrado vivendo num bairro tranquilo de Cabul, o Pentágono usou 2 mísseis de última geração para abater Ayman al-Zawahiri, cuja cabeça estava a prêmio, com uma recompensa de US$ 25 milhões e que, segundo consta, ajudou a organizar os ataques de 11 de setembro de 2001.

A missão foi ultrassecreta. Nem o Departamento de Defesa foi informado, ficando toda a operação a cargo da CIA. O terrorista foi identificado na varanda de um apartamento, e foi atingido por um míssil que não explode, para evitar baixas civis. O projétil foi desenvolvido para atingir alvos com enorme precisão. Em vez de carregar explosivos, o dispositivo possui seis lâminas que rodam em alta velocidade, com capacidade de romper automóveis, paredes ou dilacerar o corpo do alvo.

Foi uma notícia que ganhou grande repercussão ontem nos Estados Unidos, ajudando a desviar a opinião pública dos problemas nacionais. Contudo, a notícia que realmente tomou todo o noticiário hoje foi a vista da presidente da Câmara norte-americana a Taiwan. A China respondeu dizendo que lançará “operações militares direcionadas” em resposta àquilo que classificou como “infração severa' à sua soberania”. Espero que não tenhamos mais uma guerra iniciada, mas creio que a grande consequência será distrair o povo americano da severidade de sua situação doméstica, numa tentativa desesperada, por parte dos democratas, de melhorar suas chances nas eleições de meio de mandato.

Porém, com um presidente tão fraco, claramente enfrentando consequências de uma senilidade, pode ser que o dragão chinês se sinta confortável para afrontar aquela que já foi a nação mais temida do mundo. Que Deus nos livre de uma nova guerra.

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