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A Casa Branca, sede da presidência americana.
A Casa Branca, sede da presidência americana.| Foto: Matt H. Wade/Wikimedia Commons

Sabemos muito bem qual foi a “surpresa de outubro” nas disputas pela Casa Branca em 2020. A surpresa contra Trump acabou sendo a crise sanitária (que chegou com força em abril, e não em outubro).

No caso de Biden, a surpresa contra ele praticamente não conseguiu chegar. Isso porque as estranhas informações sobre o computador do filho do presidente acabaram sendo majoritariamente “limitadas” pela mídia e pelas redes sociais. A não ser o New York Post, que publicou a informação, fazendo com que a conta de Hunter Biden na Twitter levasse uma suspensão de duas semanas. Depois, ex-executivos da rede social admitiram que erraram na atitude.

Neste ano, qual será a grande surpresa? Hoje, com Trump enfrentando 91 acusações em quatro processos criminais, parece difícil surgir uma nova informação comprometedora. Mas creio que ainda há coisas para acontecer. Neste ponto, vou fazer um enorme exercício especulativo, imaginando o que poderia ocorrer.

Muitas vezes, o desfecho acaba sendo renúncia, impeachment, derrota ou, em desespero, inicia-se uma guerra para tentar aumentar a popularidade

Creio que não podemos descartar uma tentativa de assassinato contra Trump, caso ele consiga se livrar das acusações e chegar à reta final da disputa, que acontecerá no dia 5 de novembro (se os EUA não enfrentarem uma guerra civil ou uma guerra mundial neste período). Se a tentativa falhar, isso o fortalecerá.

Outra hipótese é que, devido às milhões de pessoas que entraram indiscriminadamente nos EUA nos últimos anos, algum evento “cisne negro”, semelhante ao 11 de setembro, aconteça. No final do ano passado, a então correspondente da CBS, Catherine Herridge (esposa de um tenente-coronel da Força Aérea dos EUA), sugeriu no programa Face The Nation que "2024 pode ser o ano de um evento do cisne negro. Este é um evento de segurança nacional com alto impacto e muito difícil de prever". Um evento como esse daria a Biden poderes excepcionais, e poderia fortalecê-lo no final da corrida.

Muitos falam sobre a possibilidade de uma nova crise sanitária. Hoje os EUA vivem a preocupação da gripe aviária, que pela primeira vez foi encontrada no leite de vaca, e fez sua primeira vítima humana neste ano. Outros comentam sobre a “Doença X”, que tem sido especulada sobre a nova enfermidade ainda anônima que poderia desencadear uma nova pandemia.

Não estão descartados conflitos diretos dos EUA contra a Rússia, o Irã, e talvez até contra a China. Sempre que um presidente tenta uma segunda gestão na Casa Branca e encontra-se com popularidade abaixo de 40% (como é o caso de Biden hoje) ele tem perdido a disputa. Algo semelhante ao que vimos, no contexto argentino, na Guerra das Malvinas. 

Sabemos que o ano de disputa pela Casa Branca é sempre época de grandes volatilidades. O que resta é saber o quão impactante ela será desta vez.

Conteúdo editado por:Aline Menezes
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