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Queimadas são as piores em 14 anos na Amazônia e no Brasil.
Queimadas são as piores em 14 anos na Amazônia e no Brasil.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Imagino que todos estejam vendo a situação delicada que as queimadas estão gerando. Até mesmo chuva negra tem sido registrada no sul do país e na Argentina. Um cenário estanho. Porém, a narrativa já está montada para capitalizar em cima disso para o eterno desejo de concentração de renda e de poder. A culpa está sendo colocada na ação humana sobre o meio ambiente, o que pode ter repercussões não apenas nas questões climáticas, mas também no âmbito sanitário.

Já está circulando um discurso segundo o qual a ação do homem sobre a natureza está favorecendo o aquecimento global e, por isso, o advento de novas pandemias. Isso porque as mudanças de temperatura, segundo eles, leva ao deslocamento de populações, o que transfere enfermidades para outras regiões, e que poderia dar início a novas crises sanitárias. Além disso, o aumento da temperatura global (segundo eles, única e exclusivamente causado pelo homem) também está derretendo geleiras e trazendo à tona mais de 17 mil vírus que eram desconhecidos da humanidade, e que poderiam trazer, também, novas pandemias.

Mas quem é esse homem que favorece o aquecimento global? É todo aquele que come carne, usa seu carro e viaja de avião. Por isso, esse homem imprudente, egoísta e inconsequente deve ser freado

Ou seja: o discurso parece estar pronto para a chegada de uma nova crise sanitária. Desta vez, não originada do morcego, do pangolim nem de laboratórios do outro lado do mundo, mas da ressurreição de vírus ancestrais, que estavam escondidos nas geleiras. E tudo isso por culpa do homem. Assim, os indivíduos que favorecem o aquecimento global serão vistos, na verdade, como um perigo para toda a humanidade, para a existência humana.

Mas quem é esse homem que favorece o aquecimento global? É todo aquele que come carne, usa seu carro e viaja de avião. Por isso, esse homem imprudente, egoísta e inconsequente deve ser freado. E a maneira de freá-lo é impor a ele uma “multa”. Mas não com este nome. Será um usado um termo mais “amistoso”: o crédito social. No entanto, para formalizar o crédito social, é necessário encontrar um meio de provar que esse homem realmente está prejudicando o meio ambiente com seus padrões de consumo.

Mas como saber o que ele está consumindo? Para isso, é necessária a substituição do dinheiro físico pelo dinheiro digital. Mas não o bitcoin, que é descentralizado. É necessária uma CBDC, uma moeda centralizada controlada pelo Banco Central, por meio da qual toda interação comercial poderá ser monitorada e os “poluidores do meio ambiente” punidos por meio da perda desse crédito social.

E como ficam os bilionários que poluem mais do que todos o planeta com as gigantescas emissões de seus jatos particulares? Você acha que eles são bobos? Você acha que eles iriam permitir a construção de uma realidade em seu desfavor? Eles estão comprando crédito de carbono de todo mundo e adquirindo grandes terras que geram para eles esses créditos quase infinitos, de modo que eles poderão continuar voando tranquilamente com seus jatos. Entendeu a jogada?

Este é o mundo que está chegando. Uma nova realidade que está sendo construída com muito cuidado, atenção e detalhe. É impressionante ver que hoje, no final de 2024, muitos ainda não entenderam esse jogo. É um cenário macabro, mas há o que fazer para contornar isso tudo. É necessário aprender a jogar o jogo, a zerar o game. Mas isso é tema para outro artigo.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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