O mundo das coincidências ataca novamente. Na segunda-feira (4), os democratas norte-americanos levaram um banho de água fria. Na verdade, quase um tsunami. Isso porque, ao contrário do que muitos esperavam, a Suprema Corte restituiu o direito de Trump disputar a Casa Branca.
A Justiça do Colorado havia trazido uma cláusula constitucional da época da Guerra Civil (olha o tema da Guerra Civil pipocando novamente) para impedir Trump de participar do pleito. Porém, a Corte Suprema concluiu que essa decisão não caberia à Justiça, mas ao Congresso dos EUA. Dessa maneira, Donald Trump tornou-se elegível novamente.
Parece que o magnata da tecnologia está determinado a ajudar Donald Trump a retornar ao poder.
Essa decisão aconteceu curiosamente na véspera da Super Terça, o famoso dia nos EUA em que boa parte dos estados realizam as primárias, escolhendo os delegados e definindo quem serão os nomes dos partidos republicano e democrata que disputarão o assento na Casa Branca.
Porém, quando chegou a tão esperada terça-feira, algo estranhíssimo aconteceu. Na manhã do dia 5, milhões de usuários mundo afora começaram a relatar problemas com as redes sociais, principalmente Facebook e Instagram. Também foram relatos problemas menores no Google, YouTube e nas conexões de internet como um todo. Entre as grandes, a única rede social que não foi afetada foi o X, de Elon Musk. E coisas curiosas começaram a acontecer. Representantes da Meta (empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) não tiveram outra opção a não ser utilizar seus perfis na rede concorrente – o X – para se comunicar com seus clientes. A situação gerou uma série de memes na internet, que zombavam da Meta.
O apagão das redes sociais de Zuckerberg se segue à falha massiva na telefonia norte-americana, acorrida no último dia 22. Foram afetadas principalmente as empresas AT&T, Verizon e T-Mobile. O caos foi tão grande que uma multidão utilizou suas linhas telefônicas tradicionais de telefonia fixa para procurar a ajuda do 911, fazendo com que o serviço de urgência mais famoso do mundo também ficasse fora do ar devido à enorme demanda. Tudo muito estranho.
Tenho a impressão de que essas quedas de serviços de comunicação se tornarão cada vez mais frequentes. Isso porque é um aviso que o Fórum Econômico Mundial tem feito desde 2020, quando iniciaram os eventos “Cyber Polygon”, na tentativa de alertar o mundo sobre o perigo de uma “pandemia cibernética”, que, segundo Klaus Schwab, tiraria mais vidas do que a crise sanitária de 2020. Além disso, temos as notícias de que os Houthis do Iêmen têm destruído cabo submarinos de internet, e que o sol está numa fase de atividades acima do normal, liberando pulsos eletromagnéticos que podem derrubar a internet e a eletricidade mundo afora. Isso tudo em ano de disputa pela Casa Branca, como não poderia deixar de ser…
Um detalhe que saltou aos olhos do observador atento foi que a rede X, do Elon Musk, foi a única que permaneceu integralmente de pé. Isso obviamente trouxe um grande destaque para o antigo Twitter, e “valorizou o passe” do serviço, que se mostrou resiliente num cenário de instabilidade. Isso tem desdobramentos fundamentais para a disputa pela Casa Branca agendada para novembro. Imagine se, perto do fim do ano, a única rede social de pé seja o X, e a única internet funcionando seja o Starlink. Isso daria uma enorme vantagem para Trump. Inclusive, foi noticiado na mídia americana que Trump se encontrou com Musk. Parece que o magnata da tecnologia está determinado a ajudar Donald Trump a retornar ao poder.
Também creio que não foi por acaso que ontem mesmo Elon Musk fez declarações pesadíssimas contra Biden. Ele citou uma recente informação que sacudiu o noticiário dos EUA. Segundo a matéria, o atual presidente teria trazido de avião 320 mil estrangeiros “não avaliados” para o país. E, segundo Musk, isso estaria preparando o palco para algo “muito pior do que o 11 de setembro”. O dono do X publicou, inclusive, em seu perfil no X, que Biden está “importando eleitores”. Sabemos que estrangeiros não podem participar do pleito nos EUA. Entretanto, Musk defendeu que o plano de Biden, junto com suas lideranças, é “acabar com os requisitos de identificação de eleitor, sob o pretexto absurdo de proteger o direito de voto”. Isso viabilizaria a participação de não cidadãos na disputa. As acusações são pesadas. Vamos ver como termina essa história.
É importante citar que Trump chegou até mesmo a dizer que é urgente “proteger Musk”. Ele afirmou o seguinte, numa recente entrevista para rede CNBC: “Bem, você tem que dar crédito a ele. Fiquei preocupado com ele porque ele é um dos nossos grandes gênios e temos que proteger nossos gênios. Ele é uma das nossas pessoas muito inteligentes e queremos valorizar essas pessoas".
Alguns internautas ficaram muito empolgados com essa possibilidade de parceria formal entre Trump e Musk. Um deles escreveu o seguinte: “O mundo conseguirá lidar com uma dupla de Musk e Trump? Eles têm o poder de salvar o mundo do mal. Isso é melhor do que um filme de verão de Hollywood”. Ao que outro respondeu: “O que a América realmente precisa é de um Soros conservador. Porém, na minha opinião, o melhor de todos foi este comentário: “O que a América precisa é de Deus”.
E você, acha que, com a ajuda de Musk, Trump consegue retornar à Casa Branca? Deixe sua opinião nos comentários.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS