Eleições nos EUA: Donald Trump aparece como favorito nas pesquisas de opinião em uma possível disputa contra o atual presidente, Joe Biden| Foto: EFE/Giorgio Viera
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Ontem, a Câmara dos Estados Unidos testemunhou um fato inédito: foi a primeira vez na história que os deputados destituíram seu líder ao aprovar uma resolução com este fim. O presidente destituído, Kevin McCarthy, irritou os democratas recentemente quando aceitou uma investigação de impeachment contra o presidente Joe Biden. Essa recente mudança pode ter consequências drásticas não apenas para os americanos, mas também para o mundo. Isso porque o Congresso ainda não aprovou o orçamento do ano que vem, e isso pode levar a uma paralisação total do governo, o que seria catastrófico.

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Além disso, o impasse também pode gerar grandes mudanças no destino da Guerra na Ucrânia, uma vez que o envio de ajuda para Kiev também passa por aprovação das casas legislativas. Ou seja, a maré poderia mudar em favor da Rússia que, junto com a Arábia Saudita, está agindo nos bastidores para atrapalhar Biden e ajudar Donald Trump a retornar ao poder. Isso, por meio da redução do ritmo de produção do petróleo. Os membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) já concordaram manter uma produção reduzida até o fim do ano.

Você já imaginou o terremoto político que isso geraria nos EUA e no mundo? Definitivamente poderíamos ter um desfecho para a Guerra na Ucrânia.

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Isso faz o preço do produto ficar mais elevado (o que aumenta seus ganhos), mas também atrapalha ainda mais a situação de Biden, que deseja concorrer a um segundo mandato mas está enfrentando suas menores taxas de aprovação, principalmente devido ao elevado preço da gasolina. Vladimir Putin e o príncipe da Arábia Saudita esperam, aumentando o petróleo, elevar ainda mais o preço da gasolina nos EUA, prejudicar a imagem de Biden com o público e, assim, ajudar Trump a retornar ao poder.

Para Putin, o retorno de Trump poderia significar sua vitória na Guerra na Ucrânia, uma vez que o ex-presidente americano já afirmou que encerraria rapidamente o conflito caso retornasse à Casa Branca. Para a Arábia Saudita seria mais uma questão de se desfazer de um desafeto, uma vez que a relação entre ambos têm sido turbulenta desde que Biden fez pesadas críticas ao príncipe saudita quando da morte do jornalista Jamal Khashoggi, quando estava no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia.

Na minha opinião, é pouco provável que aconteça algo realmente estranho hoje. Porém, não é impossível.

Agora, o mais estranho disso tudo é que você não faz ideia de quem está sendo cotado para ser o novo presidente da Câmara dos Estados Unidos. Lá, as regras são muito estranhas, uma vez que um cidadão norte-americano pode ser escolhido para liderar a Câmara mesmo sem ser um deputado eleito. E eles estão diante de um impasse, uma vez que nenhum dos nomes apontados para assumir o cargo possui número suficiente de votos para conquistar o posto. Por isso, nesta última terça-feira (03), no programa de Sean Hannity, o apresentador afirmou que recebeu de algumas fontes a informação de que deputados republicanos estão entrando em contato com ninguém menos que Donald Trump para convencê-lo a ser o novo presidente da Câmara. Segundo o jornalista, o ex-presidente estaria disposto a aceitar a tarefa. Você já imaginou o terremoto político que isso geraria nos EUA e no mundo? Definitivamente poderíamos ter um desfecho para a Guerra na Ucrânia mesmo antes de uma hipotética reeleição de Trump em novembro do ano que vem, que, caso eleito, assumiria o cargo apenas em 2025.

Agora, isso tudo acontece no mesmo dia em que especialista apontam que a Rússia estaria fazendo seu primeiro teste nuclear em décadas, apesar de Putin negar a informação. Simultaneamente, Moscou também está encenando o primeiro exercício nacional de simulação de uma guerra nuclear, partindo de um cenário catastrófico, em que a Rússia teria perdido 70% de suas residências e tivesse que lidar com a radiação resultante de uma ofensiva atômica. Um verdadeiro cenário apocalíptico. Ao mesmo tempo, alguns veículos mostraram que a OTAN provavelmente, em resposta ao testes russos, está realizando uma reunião de emergência na Polônia, para estudar os próximos passos no caso de uma escalada na guerra.

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E isso tudo ocorre exatamente no dia em que os Estados Unidos irão realizar um teste de comunicação de emergência em caso de desastre nacional. Precisamente às 14h20 desta quarta-feira (4), todos os aparelhos celulares dos EUA, além do rádio e da televisão, receberão a seguinte mensagem: “Este é um teste nacional do sistema de alerta de emergência, emitido pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, cobrindo os Estados Unidos das 14h20 às 14h50, leste. Isto é apenas um teste. Nenhuma ação exigida pelo público”. Muito sinistro, não?

Alguns afirmam que, por lei, esse sistema de alerta deve ser testado pelo menos uma vez a cada três anos. O teste mais recente foi em 2021. Por isso, seria apenas uma formalidade. Mas fica realmente uma atmosfera estranha nesta quarta-feira, com tantas coisas excepcionais acontecendo ao mesmo tempo. Na minha opinião, é pouco provável que aconteça algo realmente estranho hoje. Porém, não é impossível.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]