A líder da bancada do Partido Verde (PV) na Câmara dos Deputados, a paranaense Leandre Dal Ponte, se manifestou publicamente nesta quinta-feira (01) contra a possibilidade de fusão dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, proposta ventilada pela futura gestão Bolsonaro (PSL). Segundo ela, que optou pelo candidato do PSL no segundo turno das eleições, as pastas têm “finalidades próprias e não convergentes”.
“A nosso ver, o resultado de uma fusão como essa trará problemas tanto para a gestão ambiental quanto para a gestão do agronegócio no Brasil. Isso porque, embora exista uma relação intrínseca entre meio ambiente e agricultura – uma vez que o equilíbrio ambiental é condição necessária para garantir a produção – a gestão das duas áreas não se resume apenas a essa relação”, avalia a parlamentar, em texto divulgado à imprensa.
“Hoje o Ministério do Meio Ambiente é o órgão que trata da política nacional do meio ambiente e recursos hídricos, ou seja, há muito mais trabalho para além da gestão das florestas, dos recursos naturais, dos zoneamentos ecológicos e dos biomas. Também executa políticas para garantir a qualidade do ar nas cidades, o planejamento urbano, a gestão dos resíduos sólidos, até a questão dos catadores de lixo. Por outro lado, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a preocupação é com os aspectos mercadológicos, tecnológicos, científicos e organizacionais do setor produtivo. É lá onde se trata a questão da armazenagem, do transporte de safras e da política econômica e financeira do setor”, explica ela.
Reeleita em outubro para um segundo mandato da Câmara dos Deputados, Leandre integra a Frente Parlamentar Ambientalista da Casa, grupo que tem capitaneado os protestos contra a fusão das duas pastas.
Já a bancada do PV, liderada hoje por ela, será ainda menor na próxima legislatura. Em 2014, o PV elegeu 8 parlamentares. Na disputa do mês passado, a sigla conseguiu emplacar metade, apenas 4.
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