Deputado federal Assis do Couto (PDT-PR). Foto: Alex Ferreira/Arquivo Câmara dos Deputados| Foto:

Entre os deputados federais do Paraná que se manifestaram sobre o resultado das urnas de domingo (28), Assis do Couto (PDT) resolveu dar ênfase ao papel do Partido dos Trabalhadores (PT) no processo. Para ele, o PT errou e é responsável pelo “período difícil” que vem por aí, em referência à futura gestão Bolsonaro (PSL).

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“Após sucessivos erros políticos e éticos cometidos sem nunca ter feito a autocrítica necessária, os governos do PT criaram um ambiente para o crescimento de forças conservadoras. Os movimentos sociais, representantes legítimos da rica diversidade brasileira, também foram vítimas dos erros de um partido que, a qualquer preço, quer manter a hegemonia da esquerda. Não quis alianças que ameaçasse sua hegemonia. Em 2018, o PT fez uma escolha pela sobrevida partidária e abandonou a nação a própria sorte”, escreveu o parlamentar, em nota pública.

Assis do Couto conquistou o atual mandato, em 2014, ainda filiado ao PT. Abandonou a sigla logo no início da legislatura. Nas eleições deste ano, concorreu pelo PDT, legenda do ex-candidato Ciro Gomes, mas não conseguiu ser reeleito.

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Na nota pública, ele ainda aproveitou para lembrar de uma declaração da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, sobre o seu correligionário, Ciro Gomes. “No PT o Ciro não passa nem com reza brava”, disse Gleisi, no registro do ex-filiado.

“Todos sabiam que o PT não ganharia de Bolsonaro no segundo turno, mas o partido escolheu eleger uma bancada federal que lhe garantisse palanque e fundo partidário e eleitoral. Os objetivos partidários e corporativos foram alcançados”, alfinetou o paranaense.

Gestão Bolsonaro

Sobre a futura gestão Bolsonaro, Assis do Couto alega preocupação. “Acredito que nossa democracia é maior e mais forte que uma circunstância eleitoral e não vejo o estado de direito ameaçado. O que é fato inegável, sim, são as perdas de direitos sociais, a concentração do capital e entrega de nossas riquezas aos interesses internacionais. Nos próximos quatro anos o estado brasileiro patrocinará a ampliação do abismo entre os que pouco ou nada têm e os que têm tudo e ainda mais terão”, opinou ele.