Irritado com a Operação Métis, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chamou a imprensa hoje (24) para rechaçar as suspeitas do Ministério Público Federal (MPF) contra a atuação da Polícia Legislativa, responsável por varreduras contra grampos ilegais em gabinetes e também em casas de senadores.
Ao destacar que se tratam de serviços prestados legalmente, Calheiros ainda divulgou uma lista de parlamentares que fizeram pedidos de varredura. Entre eles, além da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), cuja solicitação se tornou pública durante a Operação Métis, está o também paranaense Alvaro Dias (PV).
Ele pediu duas varreduras no ano de 2015, uma em junho e outra em dezembro. Os dois serviços, contudo, foram feitos no gabinete do parlamentar no Senado. Já o alvo do MPF são as varreduras ocorridas em residências de senadores, fora das dependências do Senado.
Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria de imprensa de Alvaro Dias informou que a primeira varredura foi solicitada por sugestão do chefe de gabinete do parlamentar, já que “os telefones estavam com barulho e cortando as ligações”. Já a segunda varredura, ainda segundo a assessoria de imprensa, foi feita para atender a uma recomendação técnica da própria Polícia Legislativa, em decorrência do primeiro serviço. Nada foi encontrado.
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