O senador pelo Paraná Alvaro Dias (PV) já sabe que não deve participar da comissão especial do impeachment contra a presidente Dilma, prevista para ser instalada na semana que vem no Senado.
O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu que as indicações dos nomes para as 21 cadeiras da comissão do impeachment devem partir dos blocos partidários, e não dos partidos políticos.
O ex-tucano é o único senador pelo PV, sigla integrante do bloco formado por PSDB e DEM, duas legendas que estão à frente da guerra do impeachment. O bloco pode indicar só 4 titulares.
“Não concordo com a exclusão do PV, partido com 30 anos de existência. Não concordo, mas aceito, porque não queremos contribuir com a procrastinação do processo”, disse Alvaro Dias agora há pouco no plenário.
O ritmo do processo de impeachment no Senado é a primeira batalha entre aliados e opositores da presidente Dilma. O Planalto desejava um ritmo menos acelerado do que o adotado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados.
REQUIÃO E GLEISI
Outro paranaense, o senador Roberto Requião dificilmente será indicado pelo PMDB para integrar a comissão do impeachment. Contrário à destituição da presidente Dilma, Requião representa hoje o campo minoritário do seu partido.
Com a maior bancada do Senado, o PMDB tem direito ao maior número de cadeiras do grupo – 5 das 21 vagas.
Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem chance de ser indicada a uma das vagas. Os líderes partidários têm até sexta-feira (22) para definir os nomes, mas alguns já foram divulgados. O PT deve aguardar o prazo final para registrar os escolhidos.