(Contribuição da Katia Brembatti)
Hoje, qualquer cidadão que queira saber quanto um cartório arrecada pode acessar o site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na internet e consultar livremente a informação. Vai continuar assim. Mas foi por pouco. Na manhã desta terça-feira (24), foi à votação no CNJ um pedido da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Santa Catarina (Anoreg/SC), com efeito para todos os cartórios, para restringir o acesso a dados do tipo.
A Anoreg queria que o faturamento passasse a ser fornecido apenas por meio da lei de acesso à informação, mediante identificação do solicitante. O argumento é de que é uma prestação de serviço público realizada por particulares e que o valor informado no site se refere à receita total, desconsiderando as despesas. Além disso, continua a Anoreg, haveria o temor de que os dados financeiros fossem usados por criminosos.
O relator do caso no CNJ, João Otávio de Noronha, votou pela aceitação do pedido, alegando que não se tratava de esconder os dados, mas apenas de não permitir a consulta anônima das informações. A votação caminhava para a aprovação quando a presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu lembrar os demais conselheiros sobre a necessidade de dar acesso a toda informação de interesse público, como forma de diminuir as chances da prática de ilicitudes.
Depois que a ministra falou, a tendência da votação foi invertida e prevaleceu a ideia de que os dados devem continuar sendo consultados livremente, sem qualquer barreira.
Os dados sobre o faturamento dos cartórios, inclusive do Paraná, podem ser consultados aqui: http://www.cnj.jus.br/corregedoria/justica_aberta/
Partidos iniciam estratégias para eleições presidenciais de 2026 apesar de cenário turbulento
Congressista americana diz que monitora silenciamento da liberdade de expressão pelo STF
Com Milei na presidência do Mercosul em 2025, vitória da esquerda no Uruguai alivia Lula
China vai chegar a 48 mil km de trilhos de trens de alta velocidade, mas boa parte ficará ociosa
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF