“Como vota a favor do impeachment e diz agora que o STF não pode sequer julgar um inquérito da PGR?”

Na maratona de discursos que acontecem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, em torno da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Temer por corrupção passiva, quatro parlamentares da bancada do Paraná já foram ao microfone. O deputado federal Aliel Machado, da Rede Sustentabilidade, discursou por volta da 1 hora da madrugada de hoje (13), e saiu em defesa do prosseguimento da denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Como pode um parlamentar que votou a favor do impeachment, por crime de responsabilidade, dizer aqui agora que o Judiciário não pode sequer julgar um inquérito promovido pela PGR, com perícia da Polícia Federal em uma gravação feita dentro do Palácio do Jaburu?”, criticou Aliel.

Antes, outro parlamentar do Paraná, o petista Zeca Dirceu, também já havia levantado a mesma questão durante discurso na CCJ. “Até pouco tempo atrás, alguns que estão aqui, se colocavam como paladinos da ética, e tratavam uma pedalada fiscal como algo absurdo e até passível de impeachment. Os mesmos agora acham que a compra do silêncio de Eduardo Cunha, as decisões para favorecer a JBS, e tantas outras coisas impublicáveis, são normais, meras questões do acaso. Nós não estamos aqui julgando. Nós estamos autorizando o STF a cumprir o seu papel”, argumentou ele.

Tanto Zeca Dirceu quanto Aliel Machado também criticaram o “troca-troca” promovido por aliados do Planalto na CCJ para garantir votos a favor do presidente Temer. “É um tapa na cara da população”, acusou Aliel.

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