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Confortável entre aliados, Temer sofre para arrumar sua própria legenda, o PMDB

Presidente Temer ao lado de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Alexandre de Moraes (Justiça), à direita. Foto: Beto Barata/PR (Foto: )
Presidente Temer ao lado de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Alexandre de Moraes (Justiça), à direita. Foto: Beto Barata/PR

Presidente Temer ao lado de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Alexandre de Moraes (Justiça), à direita. Foto: Beto Barata/PR

Embora tenha conseguido articular uma base aliada relativamente sólida no Congresso Nacional, o presidente da República, Michel Temer, tem pendências pela frente, e com a própria legenda, o faminto PMDB.

Na eleição da nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a bancada foi incapaz de escolher um único nome para disputar a vice-presidência da Casa. Quase dez peemedebistas estavam de olho na vaga. Dois brigaram para serem indicados formalmente pela bancada do PMDB: Lúcio Vieira Lima (BA) e José Priante (PA). Mas, na votação do plenário, “deu zebra”: dois candidatos avulsos da sigla, Fábio Ramalho (MG) e Osmar Serraglio (PR), foram para o segundo turno, com a vitória do primeiro, filiado há menos de um ano no PMDB.

No Senado, a briga dos peemedebistas ainda está sendo pelo comando do principal colegiado da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Quase cinco nomes da sigla chegaram a se apresentar como pré-candidatos à vaga. Diante do impasse, o PMDB adiou o anúncio do novo presidente da CCJ, que inicialmente seria feito na semana passada, já na volta dos trabalhos do Legislativo.

Também no Senado, a bancada do PMDB ainda enfrentou outro constrangimento na semana passada, com a condução de Eunício Oliveira (CE) para a principal cadeira da Casa: indignado com a previsível vitória de um correligionário citado na Lava Jato, o peemedebista Roberto Requião (PR) ameaçou se lançar candidato a presidente do Senado, apenas em ato de protesto. Só desistiu ao ver que o PT não estava disposto a apoiá-lo no inusitado bate-chapa.

E as discussões internas não terminam por aí. A nomeação do tucano Antonio Imbassahy (BA) para a poderosa Secretaria de Governo, semana passada, incomodou peemedebistas, que agora reclamam por mais espaço. Já tem briga pela cadeira do novo ministro da Justiça, com a saída do tucano Alexandre de Moraes, indicado ontem (6) pelo presidente Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF).

E não só: os peemedebistas também querem de volta a liderança do governo Temer na Câmara dos Deputados, hoje nas mãos de um representante do Centrão, André Moura (PSC-SE). O mais cotado para a vaga, contudo, é um pepista: Aguinaldo Ribeiro (PB).

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