118 parlamentares se inscreveram para falar durante a reunião da comissão especial do impeachment que analisa o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à destituição da presidente Dilma. Qualquer parlamentar da Casa pode falar, mas, se for membro da comissão do impeachment, tem direito a 15 minutos. Se não for membro, tem 10 minutos para se manifestar. Ou seja, a reunião, que começou no meio da tarde de hoje (08), vai longe, entre 3 e 4 horas da manhã de sábado (09), na previsão do presidente da comissão do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF). Ainda assim, nem todos devem ter espaço para falar.
Na segunda-feira (11), o parecer volta a ser analisado por volta das 10 horas, mas, a partir daí, somente os líderes partidários poderão usar o microfone. Na sequência, o parecer vai à votação, ainda na segunda-feira (11).
Os parlamentares têm sido chamados para falar por ordem de inscrição, mas há um rodízio, entre os favoráveis e contrários ao impeachment. A lista de favoráveis ao impeachment é maior: 72. Outros 46 vão defender a permanência da presidente Dilma. E há ainda parlamentares que se inscreveram nas duas listas: Bebeto (PSB-BA) e o paranaense Aliel Machado (Rede). Os dois estariam indecisos sobre qual posição tomar, daí o registro nas duas listas.
Aliel Machado está filiado a um partido que se coloca como oposição ao governo federal do PT, mas que não vê o crime de responsabilidade apontado no pedido de impeachment. Assim, a sigla defende que uma eventual cassação ocorra somente a partir da investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já em curso, sobre as contas de campanha eleitoral da chapa Dilma/Temer. A posição é capitaneada por Marina Silva, à frente da Rede. Mas, dentro da pequena bancada do partido na Câmara dos Deputados, há divisões.