Embora o PSB do Paraná já tenha confirmado apoio à candidatura de Cida Borghetti (PP) ao Palácio Iguaçu, a presença do PSDB na mesma chapa não é uma unanimidade entre os pessebistas. Quem encabeça a dissidência é o deputado federal pelo Paraná Aliel Machado (PSB), que sempre foi oposição a Beto Richa, pré-candidato ao Senado pelo PSDB.
Em entrevista à Gazeta do Povo na quarta-feira (16), Beto Richa confirmou que o campo majoritário hoje do PSDB indica a aliança com o PP de Cida Borghetti.
Já o PSB no Paraná – controlado por Severino Araújo e abrigando hoje nomes como Alexandre Curi e Luiz Cláudio Romanelli, ambos deputados estaduais – foi veloz na sinalização de apoio a Cida Borghetti. A sigla se declarou aliada da pepista ainda em março.
Mas, novato no PSB, Aliel Machado reconhece ser difícil compartilhar a mesma chapa com o ex-governador do Paraná. Ele foi eleito deputado federal pelo PCdoB, depois migrou para a Rede Sustentabilidade de Marina Silva, e no início de abril pulou para o PSB, controlado nacionalmente por Carlos Siqueira.
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Em entrevista ao blog nesta quinta-feira (17), Aliel Machado revela que o PSB nacional já o liberou para não apoiar a candidatura de Beto Richa ao Senado, ainda que PSDB e PSB fiquem formalmente unidos em torno do PP de Cida Borghetti. “Conversei com o Carlos Siqueira na terça-feira (15), que me liberou. E vou abrir dissidência pública. Não estarei ao lado dele [Beto Richa]”, anunciou o pessebista.
Questionado sobre o apoio à Cida Borghetti, cujo partido político também sempre esteve alinhado no Paraná com o espectro da centro-direita, Aliel Machado argumentou que “Cida não é o Beto”, e que as demissões de Mauro Ricardo e de Deonilson Roldo são uma demonstração disso. “É uma prova de certa independência. E eu conversei com ela sobre assuntos como pedágio, Sanepar, Copel, professores, e ela foi bastante receptiva”, reforçou o parlamentar.
Aliel Machado já tentou levar o ex-senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo do Paraná pelo PDT, para o PSB de Carlos Siqueira, mas não houve acordo. Nacionalmente, agora sem a figura do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, o PSB deve apoiar algum candidato do campo da centro-esquerda, possivelmente Ciro Gomes, do PDT. “A desistência do Joaquim Barbosa foi um grande baque”, reconheceu Aliel Machado.
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