O eleitor paranaense já não deveria se espantar com as alianças partidárias costuradas para os embates nas urnas: nas eleições de 2006, o pedetista Osmar Dias, com apoio do então prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi adversário de Roberto Requião (PMDB) na disputa pelo governo do Estado; mas, nas eleições de 2010, Requião se juntou a Osmar, para que o pedetista disputasse o governo do Paraná contra Beto.
Agora, já de olho nas eleições de 2018, Beto volta a conversar com Osmar, o que comprova que a política paranaense anda mesmo em círculos. Talvez a única novidade no processo seja o lançamento da pré-candidatura de Osmar ao governo do Paraná a dois anos das eleições – algo que não deve passar despercebido, diante de um pedetista que no passado já foi criticado por se decidir “sempre aos 45 do segundo tempo”.
E o PMDB de Requião? Partido político com o maior número de prefeituras em todo País, o PMDB pode até optar novamente pela candidatura de Requião ao governo do Paraná, repetindo o embate de 2006 contra Osmar, mas, desta vez, há outros componentes aí, como a candidatura da atual vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP).
A “família Barros”, que há anos vem trabalhando para alcançar o Palácio do Iguaçu, não gostou da notícia sobre as conversas entre Beto e Osmar e resolveu até distribuir uma nota à imprensa, reforçando que a candidatura de Cida Borghetti “continua em pé”. Mas um observador brasiliense alerta também que ela e seu marido, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), também andam batendo papo por aí, inclusive com lideranças peemedebistas, como o sobrinho do senador Requião, o deputado federal João Arruda (PMDB-PR).
A verdade é que, a dois anos das eleições, todo mundo conversa com todo mundo. E isso também não muda.
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