Logo quando assumiu o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR), em meados de março, o paranaense Rodrigo Rocha Loures (PMDB), hoje investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na esteira das delações da JBS, assegurou durante entrevista exclusiva à Gazeta do Povo que o foro privilegiado deveria acabar. Na ocasião, também antecipou que o tema estava na sua lista de prioridades dentro do parlamento e que pretendia se reunir com parlamentares com a mesma visão para estudar a apresentação de um texto conjunto.
“Eu sou contra o foro privilegiado. No entanto, é possível, e eu pretendo examinar esse tema aqui no parlamento, que haja excepcionalidades. Talvez o foro privilegiado tenha fundamento, por exemplo, para os presidentes dos Poderes. E talvez para outras funções públicas. Então eu não acredito no instituto do foro privilegiado, mas é provável que existam exceções”, declarou Rocha Loures.
Alvo de um inquérito no STF aberto em 10 de abril último pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, Rocha Loures pode estar perto de perder o foro privilegiado, já que Osmar Serraglio deve retomar o mandato na Câmara dos Deputados até sexta-feira (02), logo depois de ter sido tirado sem cerimônias da pasta da Justiça.
Mesmo sem mandato e, por consequência, sem foro privilegiado, Rocha Loures ainda assim deve continuar sendo investigado no STF, já que o presidente Temer figura no mesmo inquérito. Mas o temor do paranaense é outro: sem mandato, aumentam as chances de o ministro Fachin autorizar sua prisão.
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