Hoje um dos principais nomes da bancada ruralista em Brasília, o deputado federal pelo Paraná Sérgio Souza (PMDB) anda em “lua de mel” com o Planalto. Na segunda-feira (2), atendendo a um pleito dos ruralistas, o presidente da República, Michel Temer, enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 803/2017, que prorroga para 30 de novembro o prazo de adesão a um programa que permite a renegociação das dívidas de produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). No dia seguinte, terça-feira (3), o Diário Oficial da União publicava a liberação de recursos – R$ 100 milhões – para o seguro rural. Tudo isso às vésperas da votação pelos deputados federais da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Temer.
Sérgio Souza, contudo, nega a relação de uma coisa com a outra. Ontem (3), quando se reuniu com o presidente Temer no Palácio do Planalto, a denúncia da PGR nem teria entrado na conversa: “Em nenhum momento foi tocado no assunto”, garantiu o paranaense à Gazeta do Povo. Na pauta, segundo Sérgio Souza, somente “questões indígenas”, como a demarcação de terras, tema de interesse dos ruralistas.
O Planalto, contudo, já conta com o apoio do parlamentar do Paraná no dia da votação da segunda denúncia da PGR. Em 2 de agosto último, Sérgio Souza votou contra o prosseguimento da primeira acusação, por crime de corrupção passiva. Agora, o presidente Temer é acusado de obstrução de justiça e organização criminosa, mas nada indica que o paranaense mudará de ideia. “Sou a favor da investigação e do processo, mas retirar um presidente da República do cargo para tanto, acho que o prejuízo ao país será maior. Ainda mais sabendo que as provas juntadas estão sendo questionadas e os acusadores presos”, justificou o parlamentar.
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