O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e o atual diretor-presidente da Fundepar, Victor Hugo Boselli Dantas, estão na lista de quase 200 nomes chamados como testemunhas de defesa na ação penal referente à segunda fase da Operação Publicano, em trâmite na 3ª Vara Criminal de Londrina. O juiz do caso, Juliano Nanuncio, elaborou na segunda-feira (19) um calendário para as oitivas. Todas foram marcadas para dezembro, devido ao volume de pessoas a serem notificadas. Hauly e Dantas devem prestar depoimento no dia 13 daquele mês.
No despacho de Nanuncio, não é possível saber quais réus arrolaram Hauly e Dantas como testemunhas. Na ação penal são mais de 100 réus, incluindo quase 60 auditores fiscais. Entre os acusados, está praticamente toda a cúpula da Receita Estadual durante o primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) no governo do Paraná. Outro réu é o empresário Luiz Abi Antoun, que, de acordo com o Ministério Público, exercia forte influência na gestão do tucano, mesmo sem formalmente ocupar um cargo público.
Hauly foi secretário da Fazenda de Beto Richa entre 2011 e 2013 e, atualmente, comanda a reforma tributária na Câmara dos Deputados. Já Dantas coordenou a campanha de reeleição de Beto Richa, em 2014, na região de Londrina. Em meados do ano passado, ele ganhou um cargo na Secretaria de Educação e, recentemente, passou a comandar a Fundepar, autarquia responsável pela administração de toda a rede física escolar do Paraná.
Agora chamado como testemunha, Dantas também está implicado na Operação Publicano, já que o esquema de corrupção que funcionaria na Receita Estadual pode ter abastecido a campanha de reeleição de Beto Richa, assunto que está sendo tratado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de forma sigilosa. O tucano nega.
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