Ministro da Saúde e deputado federal licenciado, Ricardo Barros. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado| Foto:

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, não está na lista de integrantes do primeiro escalão do governo federal exonerados hoje (2) para engrossar o placar pró-Temer na Câmara dos Deputados. Ainda assim, passou a tarde inteira circulando pela Casa, logo após um compromisso oficial no Senado.

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Deputado federal licenciado pelo PP do Paraná, Barros falou rapidamente com a Gazeta do Povo, em uma das suas passagens pelo plenário, antes de ser puxado pelo líder do PTB, Jovair Arantes (GO). Durante a entrevista, Ricardo Barros saiu em defesa do presidente Temer e não poupou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor da denúncia contra o chefe do Executivo: “Ele não bate bem da cabeça”, disparou. Leia a entrevista exclusiva logo abaixo:

O senhor não precisou ser exonerado [do Ministério da Saúde], já que o deputado federal Nelson Padovani [suplente em exercício, do PSDB do Paraná] votará a favor do presidente Temer, certo?

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Na verdade, essa é uma decisão do núcleo político do governo. Eu sou do núcleo social. Mas, eu estava com uma audiência confirmada hoje pela manhã na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, já desde antes do recesso, e eu fui lá cumprir a agenda. E agora estou aqui [na Câmara dos Deputados], ouvindo os companheiros, e cumprindo a minha agenda do Ministério da Saúde aqui na liderança do governo.

Mas o senhor está ajudando aí também na articulação?

Tenho conversado.

Mas como deve se comportar o PP?

O PP é um partido que está muito bem com o governo, se sente prestigiado pelo governo. E tem a convicção de que o presidente Temer deve cumprir o mandato e vai entregar um Brasil melhor do que recebeu.

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O senhor saberia quantificar quantos deputados do PP irão contra o governo Temer? Ou a bancada é integralmente pró-Temer? Saberia mapear isso?

Nós sabemos exatamente quem vai votar contra e a favor em todas as bancadas.

Qual é o placar final?

Isso é uma informação não disponível.

Mas o governo Temer vai ganhar. Até a oposição já reconhece isso.

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Vai ganhar.

E com qual margem, grande, pequena? Como sai o governo Temer daqui hoje a partir de uma margem grande ou pequena?

Não muda nada, pois o presidente Temer continuará presidente.

Mas outras denúncias virão…

Não sei.

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O procurador-geral da República [Rodrigo Janot] já sinalizou que outras denúncias serão apresentadas…

O procurador Janot não bate bem. Pode ser que ele se confunda, como sempre.

O senhor acha, então, que antes da saída dele [da PGR] não haja mais nenhuma outra denúncia?

Não sei. Depende. Pode ser que ele queira fazer mais uma denúncia sem fundamento. Não nos prejudica em nada.

A denúncia contra o presidente Temer não tem fundamento, então?

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Essa não.