Não foram apenas alguns atuais e ex-servidores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do governo do Paraná, que entraram na mira da Operação Integração, derivada da Lava Jato e deflagrada no último dia 22. Um ex-servidor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Trata-se de Robson Kenji Saito, que entrou nos quadros permanentes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil em 1995.
O MPF tenta esclarecer a relação entre Saito e uma empresa chamada Terezinha Sabino Gomes, com sede em Jacarezinho. Formalmente, a empresa pertence a Terezinha Sabino Gomes, que é mulher de Ivo Donizete Gomes, atual administrador da Construtora Garra, aberta em 2001 por Saito, também em Jacarezinho.
Entre 2005 e 2016, a empresa Terezinha Sabino Gomes recebeu R$ 14.524.674,93 da Rio Tibagi, subsidiária da Econorte, tendo repassado no mesmo período um total de R$ 6.279.002,06 para a Construtora Garra.
“Há suspeita de que a empresa Terezinha Sabino Gomes era sociedade interposta entre a Rio Tibagi e a Construtora Garra, possivelmente para não criar vínculos direto com Robson Saito, que até 2006 compunha o quadro societário da Construtora Garra”, sugere o MPF.
Durante as investigações, a Receita Federal intimou pessoalmente a investigada Terezinha Sabino Gomes para apresentar os custos da prestação dos serviços à empresa Rio Tibagi, mas, “a contribuinte não se manifestou”.
O blog não conseguiu contato, nesta terça-feira (6), com Robson Kenji Saito, Terezinha Sabino Gomes e Ivo Donizete Gomes. Em nota, o Dnit informou que “o servidor citado não faz mais parte do quadro do Dnit desde 2010” e que “vai acompanhar as apurações e colaborar com as autoridades, conforme as solicitações que lhe forem apresentadas”.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF