O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), além de outros cinco paranaenses, estão na segunda “lista de Janot”, divulgada há cerca de uma hora pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda aparecem na relação de nomes a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, o deputado federal Zeca Dirceu (PT), o ex-deputado federal Abelardo Lupion, presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), e o ex-senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo do Paraná em 2018.
A lista foi formulada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações da Odebrecht, homologadas no âmbito da Lava Jato.
No caso de Beto Richa, o ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato, autorizou o pedido da PGR para levar o nome do tucano ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que é o foro adequado para investigar governadores de Estado. Agora, caberia ao STJ decidir sobre o que fazer com a citação.
No total, Fachin determinou a remessa de outras 200 petições a outras instâncias do Judiciário, referentes a investigados sem prerrogativa de foro no STF. A petição de Beto Richa é a de número 6665.
OUTRO LADO
Em nota, Beto Richa escreve que “desconheço o contexto no qual tive meu nome citado”. “Todas as minhas campanhas tiveram a origem dos recursos declarada à Justiça Eleitoral”, completa o tucano.
Também em nota, Gleisi Hoffmann afirma que “não tem informação sobre isso, desconhecendo a que se refere”. “Ela se pronunciará quando tiver informações a respeito”, acrescenta a petista.
A assessoria de imprensa do deputado federal Zeca Dirceu também se manifestou através de nota, na qual “reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas investigadas na Lava Jato”. “Apesar das inúmeras investigações em andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras/Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade”, diz trecho.
“Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado federal reforça sua confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da Polícia Federal”, continua a nota.
O blog ainda não conseguiu contato com os demais citados.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF