Para tentar enterrar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Temer, a série de manobras articuladas por aliados do peemedebista no Congresso Nacional segue a todo vapor. Desta vez, mais dois paranaenses são utilizados na jogada, Osmar Serraglio e Ricardo Barros.
O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), antes titular na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, foi empurrado para uma cadeira de suplente. Assim, o peemedebista só vota na CCJ na ausência do titular.
“Sumido” dos holofotes desde o retorno à Câmara dos Deputados, há mais de um mês, Serraglio ainda não se manifestou publicamente sobre as delações da JBS e a denúncia da PGR. Especula-se apenas que a relação dele com o presidente Temer teria azedado depois da sua mal conduzida exoneração do comando do ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Formada por 132 membros, entre titulares e suplentes, a CCJ é o primeiro colegiado a analisar a denúncia contra o presidente Temer, antes da deliberação do plenário da Câmara dos Deputados, quando daí todos os 513 parlamentares podem votar.
Já Ricardo Barros (PP-PR), deputado federal licenciado para a cadeira de ministro da Saúde, pode reassumir o mandato apenas para votar no plenário a favor do presidente Temer, e contra a denúncia da PGR. Os demais ministros com vaga no parlamento devem seguir o mesmo caminho.
A volta do pepista, contudo, não deve ter efeito na prática. Com o retorno de Ricardo Barros, quem sai é o suplente em exercício Nelson Padovani (PSDB-PR), que já anunciou que também votará a favor do presidente Temer.
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