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Requião: “MDB não pode ser boi de piranha da direita brasileira”

Senador Roberto Requião (MDB-PR). Foto: Moreira Mariz/Arquivo Agência Senado (Foto: )

O senador pelo Paraná Roberto Requião (MDB) divulgou um vídeo nesta quarta-feira (18) no qual sustenta que a candidatura de Henrique Meirelles (MDB) à presidência da República não passa de “boi de piranha da direita brasileira”. Para o presidente do MDB do Paraná, o ex-ministro da Fazenda só está se colocando como candidato para absorver toda a rejeição à gestão Temer (MDB), e poupar siglas como o PSDB, que também contribuíram para a chegada do MDB à principal cadeira do Palácio do Planalto, em 2016.

Requião inicia explicando que as “medidas entreguistas” do governo Temer/Meirelles não têm 1% de apoio no Brasil, o que já deveria por si só inviabilizar qualquer pretensão de candidatura do grupo. “Como lançar um candidato nestas circunstâncias? Só se o Meirelles tivesse enlouquecido completamente. E daí não devia ter o registro da sua candidatura, mas um internamento ou uma assistência psiquiátrica”, ironizou o senador.

Depois, descreve o que seria o verdadeiro plano do MDB: “Meirelles foi lançado para absorver a rejeição ao governo Temer. E isso abriria espaço, por exemplo, para um candidato como o Geraldo Alckmin (PSDB) crescer nas pesquisas. O jogo é esse. O Meirelles é um projeto do PSDB, da entrega do petróleo, do fim da soberania brasileira”.

No mesmo vídeo, Requião não chega a mencionar que ele próprio, recentemente, se colocou como uma alternativa à presidência da República pelo MDB (na mesma linha do que fez em 2002, 2010 e 2014), e até conclui que a melhor saída é “não ter candidato algum”, tese defendida por outros figurões da legenda, como o senador Renan Calheiros (AL).

“A candidatura do Meirelles contamina o partido inteiro, os candidatos a deputado federal, a deputado estadual, ao governo estadual, ao Senado. O caminho mais correto é não admitir a candidatura de Meirelles. É melhor que o MDB não tenha candidato algum. E que os partidos estaduais se organizem conforme seus interesses”, argumentou o paranaense. “Candidatura de Meirelles é o enterro do velho MDB de guerra”, reforçou ele.

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