O ritmo do juiz federal Sergio Moro, que tem “despachado” com velocidade desde o início da Lava Jato, há dois anos, rendeu brincadeiras na Corte do Supremo Tribunal Federal (STF). No julgamento do caso que envolve as conversas telefônicas do ex-presidente Lula, na última quinta-feira (31), o relator da matéria, ministro Teori Zavascki, sugeriu que os efeitos da liminar contra a decisão de Moro já fossem executados, sem necessidade de esperar a publicação do acórdão pela Corte.
A ideia, explicou Zavascki, seria dar celeridade à análise de mérito do caso, que é quando os ministros vão se debruçar sobre o desmembramento ou não de procedimentos em trâmite na 13ª Vara Criminal de Curitiba, devido ao foro privilegiado de pessoas que aparecem nos diálogos com o ex-presidente Lula. Até a análise do mérito, todos os procedimentos envolvendo o inquérito cujo alvo é o ex-presidente Lula ficam sob o guarda-chuva do STF.
Ao fazer a sugestão, Zavascki foi interrompido pelo ministro Marco Aurélio: “E que sejamos tão rápidos no gatilho como tem sido o Sergio Moro”, brincou. Presidente da Corte, Ricardo Lewandowski riu do comentário, mas fez questão de completar: “E como o nosso ministro Teori Zavascki também, faça-se realmente as devidas honras”. Zavascki é o relator da Lava Jato no âmbito da Corte.
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