No centro de um imbróglio desde meados do ano, a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), de Pernambuco, não concentra o fornecimento de remédios para coagulopatias hereditárias ao Ministério da Saúde. Ao menos não quando se leva em consideração os contratos da pasta assinados no período da gestão do paranaense Ricardo Barros (PP), que está há quase dois anos no comando da área.
Levantamento realizado pelo blog entre os 150 contratos firmados pelo Departamento de Logística em Saúde do ministério, entre 2016 e 2017, mostra que cinco empresas diferentes forneceram medicamentos para coagulopatias hereditárias – as mais comuns são a hemofilia A, a hemofilia B e a doença de von Willebrand.
A espanhola Grifols S/A, que neste mês de novembro inaugurou uma unidade em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, está entre as empresas que firmaram o maior número de contratos, quatro no total, para fornecer medicamentos ligados a coagulopatias hereditárias. A CSL Behring também assinou o mesmo número de contratos no período, quatro. Em seguida, estão as empresas Octapharma Pharmaceutika e a Hemobrás, com dois contratos cada uma. A empresa Novo Nordisk Healthcare tem um contrato.
Já o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que indiretamente também se envolveu no imbróglio em torno da Hemobrás, firmou apenas um contrato com o Ministério da Saúde, em fevereiro de 2017, no valor de R$ 38,4 milhões, e para o fornecimento de vacina veterinária.
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