O deputado federal Luciano Ducci (PSB-PR), ex-prefeito de Curitiba, disse em entrevista neste sábado (29) à Gazeta do Povo que lamenta o fato de o Governo Temer estar ameaçando tirar cargos de aliados que votaram contra o texto principal da reforma trabalhista, aprovado por 296 dos 513 parlamentares na última quarta-feira (26), no plenário da Câmara dos Deputados. “Lamentável que um governo que só tenha 5% de aprovação use deste tipo de expediente. Eu vou manter minhas convicções em relação à reforma trabalhista, independente de ameaças”, alfinetou Ducci.
O ex-prefeito de Curitiba alega, ainda, que nem tem “indicações formais” para postos do Governo Temer. “Eu e outras pessoas só referendamos o nome do Davi Campos para a comunicação da Itaipu, que é um cargo técnico. O Davi Campos tem enorme experiência na área. Ele já foi responsável pela comunicação da Prefeitura de Curitiba e também da presidência da Assembleia Legislativa do Paraná”, assegurou Ducci.
Embora pertença à base aliada do presidente Temer na Casa, o PSB de Ducci fechou questão contra as reformas pretendidas pelo governo federal – além da reforma trabalhista, também a reforma previdenciária.
Tanto Ducci, quanto o paranaense Leopoldo Meyer, também do PSB, já seguiram a orientação da sigla na última quarta-feira e votaram contra a reforma trabalhista. “Não é justo com o trabalhador deixar o que é legislado abaixo do que é apenas acordado. Meu voto é consistente”, criticou Ducci, em referência a um dos pontos polêmicos do projeto de lei 6787/2016, a reforma trabalhista, e que agora segue para análise do Senado.
Em relação à reforma previdenciária, que em breve chegará para deliberação no plenário da Câmara dos Deputados, Ducci mantém posição contrária ao texto: “Virou uma colcha de retalhos. Os segmentos que espernearam ficaram de fora. E os trabalhadores serão os mais prejudicados”.
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