O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) emprega como assessor na Câmara dos Deputados o piloto de um avião que pertence à sua família, revelou a Folha de S.Paulo no último domingo (29). Francisco Cezar Martins Meireles, lotado como “secretário parlamentar” desde março, teria feito ao menos sete voos no comando de uma aeronave que está em nome do espólio de Afrísio Vieira Lima (1929-2016), pai de Lúcio e de Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro de Temer.
A prática não é inédita, nem em Brasília, nem no Paraná, onde situação semelhante foi flagrada em 2010.
Em meados daquele ano, a imprensa também revelou que o então deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), hoje deputado federal licenciado para atuar como secretário-chefe da Casa Civil no governo do Paraná, havia contratado o piloto Marcelo Venâncio Brito como “assessor parlamentar” para conduzir uma aeronave da empresa Indústria Comércio Madeiras e Compensados Rossoni, de propriedade do tucano.
Venâncio Brito teria ficado ao menos dez anos no quadro de servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, na condição de piloto de aeronave. Depois de o caso vir à tona, Rossoni tirou Venâncio Brito da lista de funcionários do seu gabinete, mas um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) para apurar toda a situação. O caso, contudo, não avançou. Cinco anos depois, o inquérito civil foi arquivado pelo MP-PR.
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