O deputado federal paranaense Nelson Meurer (PP) pode ser o primeiro réu da Lava Jato julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O interrogatório do pepista foi marcado pelo relator do caso na Corte, ministro Edson Fachin, para o próximo dia 28, às 15 horas. No mesmo dia, também serão ouvidos os dois outros réus da mesma ação penal, o advogado Nelson Meurer Júnior e o empresário Cristiano Augusto Meurer, que são filhos do parlamentar.
Com o encerramento dos depoimentos, Fachin abre o prazo para as alegações finais e, depois, já pode formular seu voto. Não há uma data definida para o julgamento do caso, um dos mais adiantados entre os processos da Lava Jato.
Coincidentemente, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), também da bancada do Paraná, prestará depoimento ao STF no mesmo dia, dentro da ação penal movida contra ela, na esteira da Lava Jato.
O caso de Meurer veio à tona no início de 2015, quando a Procuradoria Geral da República (PGR) protocolou os primeiros inquéritos da Lava Jato, envolvendo parlamentares. Em outubro daquele ano, a PGR concluiu a investigação contra o pepista e ofereceu a denúncia ao STF, que só analisou o caso em junho de 2016. Desde então, Meurer passou a responder a uma ação penal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Leia mais:
Youssef detalha pagamento de “mesada” do Petrolão para deputado paranaense; ouça.
Réu no STF, paranaense inclui colega implicado na Lava Jato na lista de testemunhas.
Alvos da Lava Jato, dois políticos do Paraná prometem “se aposentar” em 2018.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF