
Peemedebistas contrários à ruptura com o PT ensaiam não aparecer na reunião desta terça-feira (29), quando o tema será tratado pelo diretório nacional do PMDB, formado por 119 membros. É o caso de parlamentares do Paraná. Dos seis representantes do Estado na cúpula do partido, apenas o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, braço direito do vice-presidente da República Michel Temer, defende abertamente o desembarque do governo federal. Os demais, de maneira geral, também são críticos da gestão Dilma, mas se colocam contra o impeachment e reclamam do momento escolhido pela ala anti-PT para votar o desembarque. O grupo é formado pelo senador Roberto Requião, pelos deputados federais João Arruda e Hermes Parcianello, além dos deputados estaduais Requião Filho e Nereu Moura.
A ruptura oficial com o PT é anunciada como a decisão provável, mas a questão principal já não está aí, na decisão oficial. Nas atuais circunstâncias, ao Planalto interessa saber se a decisão do PMDB terá efeito na prática ou não. A dúvida ocorre porque não se sabe se a ala derrotada efetivamente se juntará à maioria. Temendo derrota, o Planalto quer ao menos garantir “sua parte do PMDB”.
Peemedebistas pró-impeachment, caso saiam vencedores, deverão insistir na aprovação imediata de alguma medida de punição a eventuais “infiéis”. Mas a ameaça de um processo disciplinar em um partido com tamanha diversidade soa inviável. Há setores do PMDB historicamente alinhados com o PT. Assim como há casos como o do “PMDB do Rio Grande do Sul”, que “nem entrou” na coalizão, como lembram políticos gaúchos.
A reunião do diretório nacional do PMDB está marcada para as 15 horas.
[Post publicado em 28 de março de 2016]
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