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Deputado federal Zé Geraldo (PT-PA). Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Deputado federal Zé Geraldo (PT-PA). Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados| Foto:

Uma nota oficial do Ministério da Justiça sobre o ataque no domingo (30) contra índios da etnia Gamela, no município de Viana, no Maranhão, colocou o paranaense Osmar Serraglio (PMDB), à frente da pasta, no centro de uma nova polêmica. Serraglio autorizou a divulgação de uma nota oficial sobre o episódio na qual ele chamava as vítimas de “supostos índios”. Em seguida, observou a Folha de S.Paulo, uma nova versão da nota oficial foi distribuída pela pasta, mas sem a palavra “supostos”.

Na Câmara dos Deputados, Serraglio pertencia à bancada ruralista e, em recente entrevista à Gazeta do Povo, já na condição de ministro da Justiça, fez duras críticas às demarcações de terras indígenas.

“O Ministério da Justiça está averiguando o conflito agrário, no Maranhão. A Polícia Federal já enviou uma equipe para o local para evitar mais conflitos”, informava trecho da última nota oficial.

Mas a primeira versão do comunicado não foi esquecida pela oposição, que deu destaque ao tema durante a sessão plenária pós-feriadão, nesta terça-feira (2). Da tribuna da Casa, o deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) chamou o paranaense de “suposto ministro da Justiça”, classificando a primeira versão da nota oficial de “vergonha nacional”. O petista disse ainda que Serraglio “incita a violência” e que o papel da pasta seria o de “arbitrar conflitos”.

“Eu queria lamentar o posicionamento do ministro da Justiça. Sobre a greve geral, que foi um dos maiores movimentos deste País, ele disse que foi “pífio”. E, agora, no conflito entre índios e posseiros lá no Maranhão, ele chamou os índios de “supostos índios”. Eu quero aqui mostrar um ofício, de Portugal, de 1784, informando sobre a descida dos índios Gamelas do sertão para a vizinhança da Vila de Viana. Ou seja, os primeiros índios do Brasil, que tiveram a doação de uma sesmaria [lote de terra], foram os índios Gamelas do Maranhão”, afirmou Zé Geraldo.

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