Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Luis Macedo/Arquivo Câmara dos Deputados| Foto:

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende proibir que candidatos a cargos eletivos adotem no nome de urna designações como “doutor, pastor, professor, capitão”, e por aí vai. De autoria dos deputados federais do PSOL Jean Wyllys (RJ) e Luiza Erundina (SP), o principal trecho do projeto de lei (PL 6648/2016) estabelece o seguinte: “É vedada a utilização de expressões que designem hierarquia funcional ou social, cargos ou funções militares, religiosas, acadêmicas ou profissionais como antecedentes das denominações dos candidatos”.

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Na justificativa da proposta, os parlamentares argumentam que a utilização de tais designações “apenas reforçam a prevalência do personalismo político em relação ao conteúdo programático que deve ser exposto à população”. “Por óbvio, não estão em jogo questões relativas ao respeito, reverência ou cortesia. A rigor, trata-se de meros expedientes eleitorais, consistentes na fixação de “marcas”, “rótulos” ou “patentes”, para atrair o voto, principalmente dos mais humildes, aproveitando-se, em muitos casos, do prestígio das associações ou corporações a que pertencem, em detrimento das ideias, das propostas e da ideologia”, escreveram os parlamentares do PSOL.

Se uma lei assim já estivesse em vigor, ela barraria dezenas de candidatos a deputado federal pelo Paraná. Pesquisa feita pelo blog De Brasília no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou mais de 40 professores/professoras, dez doutores/doutoras, um major, um policial, uma procuradora, dois cabos, dois soldados, dois coronéis, dois investigadores, três delegados, quatro sargentos, além de cinco pastores e uma pastora. No total, 446 nomes se inscreveram na disputa por cadeiras de deputado federal pelo Paraná.

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