Embora façam críticas ao decreto do presidente Temer que determinou na última sexta-feira (16) a intervenção federal no Rio de Janeiro, os senadores pelo Paraná Alvaro Dias (PODE) e Roberto Requião (PMDB) não devem rejeitar o documento, que por volta das 19 horas desta terça-feira (20) entra na pauta do plenário do Senado. Alvaro votará a favor do decreto; Requião indicou que deve registrar abstenção. Já Gleisi Hoffmann (PT) não quis antecipar o voto. Procurada pela Gazeta do Povo em Brasília, a paranaense informou que só se manifestará sobre o assunto no momento da votação. Confira o que os senadores do Paraná Alvaro e Requião pensam sobre a intervenção no Rio de Janeiro:
Alvaro Dias deve votar a favor:
“A decisão pela intervenção é a confissão da impotência do Estado brasileiro diante do crescimento da violência e da insegurança em todo o País. E o fracasso da segurança pública é consequência da corrupção desenfreada, da instalação de um balcão de negócios espúrio que só servia para surrupiar o dinheiro público. Apesar de considerar que a intervenção é uma estratégia extremada, a prioridade é pacificar o Rio de Janeiro e acalmar a população. Se a presença das Forças Armadas nas ruas tranquiliza a sociedade e atemoriza os marginais, que se coloque o Exército nas ruas. Como a nossa prioridade sempre é a população, votaremos pragmaticamente a favor da intervenção, refletindo a expectativa das pessoas por maior segurança nas ruas”.
Roberto Requião deve registrar abstenção:
“Até as pedras do cais do Rio de Janeiro sabem que a crise de segurança no estado se desenvolve no contexto de uma crise mais ampla nas áreas sociais, principalmente no desemprego, na degradação da saúde e da educação, na insuficiência de moradias decentes para a população. Entretanto, se anuncia que os recursos a serem dados à área de segurança serão remanejados de outras áreas, ou seja, retirados da educação, da saúde, da habitação. Desta forma, as raízes profundas da crise ficarão inalteradas, ou mesmo agravadas. O governo Temer traiu o povo brasileiro ao se abster de fazer política de desenvolvimento, confiando apenas no poder da publicidade. O meu voto, na falta de um plano completo, que contemple as políticas sociais, será, neste momento, pela abstenção”.
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