Interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) negou ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes apontados contra ele pela Procuradoria Geral da República (PGR) na ação penal 996, processo que tramita no bojo da Lava Jato. O interrogatório de Meurer durou cerca de uma hora e meia e foi conduzido por Ricardo Rachid de Oliveira, um dos juízes auxiliares do ministro Edson Fachin. Em seu depoimento, colhido em setembro, Meurer admite que era amigo pessoal de José Janene, morto em 2010, mas que, por outro lado, não tinha “nenhuma relação” com o doleiro Alberto Youssef. Em março, no mesmo processo, Youssef delatou que o paranaense fazia parte do grupo de parlamentares do PP que receberam dinheiro do “Petrolão” de forma periódica. Ele mesmo, relata Youssef, teria feito “várias entregas” de dinheiro a Meurer, em Brasília. Logo abaixo, assista a trechos do interrogatório de Meurer:
“A origem [do dinheiro] era minha, doutor. Era a conta diária de uma pessoa que tem dificuldade financeira”
“Eu não tinha nenhuma relação com Youssef; ele era um assessor de assuntos diversos do Janene”
“Eu nunca deixei de considerar o Janene uma pessoa correta”
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