O nome de Maria Tereza Uille Gomes, primeira mulher a assumir a cadeira de procuradora-geral de Justiça no Paraná, em 2002, e também ex-secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos no primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) no governo do Paraná, foi aprovado hoje (25) pelo plenário do Senado, já em caráter final, para uma cadeira no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Foram 58 votos a favor do nome da paranaense, um contra, além de duas abstenções. A votação foi secreta.
O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), foi quem trabalhou pelo nome da ex-secretária de Beto Richa no Senado. “Não há qualquer questionamento, qualquer dúvida em relação à altíssima qualidade intelectual, pessoal e humanística da doutora Maria Tereza, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça por larga margem de votos. Tive a honra de ali relatar este processo e a sua história de vida, e sua dedicação sobretudo à questão prisional no Brasil”, disse o tucano, antes da votação, no plenário da Casa.
No início deste ano, Maria Tereza chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, pasta que ao fim foi entregue ao deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Requião e Gleisi ausentes
Dos três senadores da bancada do Paraná, apenas Alvaro Dias (PV) participou da votação hoje (25). Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) não estavam no plenário. “A doutora Maria Tereza, que é do meu Estado, merece aplausos pela sua conduta, pela sua conduta ética, pela competência, pelo talento, pelo preparo, pela eficiência com que desempenha as missões que a ela são delegadas”, disse o ex-tucano.
Sobre o CNJ
O CNJ controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e é composto por 15 membros, indicados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Ministério Público, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Maria Tereza entrará na vaga reservada à Câmara dos Deputados.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF