Na primeira entrevista que concedeu à imprensa após ser eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) negou proximidade com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmando que agirá com imparcialidade na condução dos trabalhos. “Nós somos aliados naquilo que lutamos juntos, no impeachment da presidente Dilma. Mas cheguei aqui pela história que construí”, disse ele, lembrando que seu nome chegou a ser cotado para a mesma cadeira ainda no começo do ano passado. Questionado se sua indicação ao menos teve “a bênção” de Cunha, o paranaense foi irônico: “Só se ele virou o papa Francisco”.
Serraglio foi eleito presidente da principal comissão permanente da Câmara dos Deputados por volta das 15 horas desta terça-feira (03). Ao final da primeira reunião da CCJ, o paranaense teve que responder perguntas sobre a situação de Cunha, que conta com a CCJ para barrar o processo que corre contra ele no Conselho de Ética. “Sou do grupo do PMDB que é pró-impeachment e neste sentido eu sou um aliado de Cunha. Porque desejamos que o impeachment se concretize, para termos um tempo novo. Mas a sociedade conhece o deputado Serraglio. Pode aguardar que sua conduta não será alterada”, disse ele.
O peemedebista lembrou que seu nome foi indicado pelo deputado federal Hugo Motta (PB), que comanda a ala do PMDB contrária ao líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), aliado da presidente Dilma. “Eu seria um candidato avulso, vinha construindo minha candidatura pela ala dos dissidentes. Mas Picciani me procurou e sugeriu que nós fizéssemos uma união de forças”, relatou Serraglio, em referência ao “rodízio” estabelecido entre ele e o deputado federal Rodrigo Pacheco (MG), preferido de Picciani. Pacheco foi eleito nesta terça-feira para a vaga de primeiro vice-presidente da CCJ e, pelo acordo, deve assumir a cadeira máxima em 2017.
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