O encontro de hoje (08) do presidente da República interino Michel Temer com o ex-deputado federal pelo Paraná Marcelo Almeida (PV) estava até na agenda oficial do peemedebista. Mas, ao sair do gabinete de Temer, no Palácio do Planalto, o paranaense jurou que o papo foi só sobre literatura. “A gente sempre conversa sobre literatura a cada três meses. Eu acho que sou o único político que não aparece aqui para pedir coisas para ele”, brincou o paranaense. Embaixo do braço, ele carregava o romance “O Arroz de Palma”, do escritor carioca Francisco Azevedo. Presente de Temer, com dedicatória e tudo.
“Ele sempre me indica muitos livros”, continuou o ex-parlamentar, que, dentro do círculo do primeiro escalão do Planalto, também é próximo de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco. Mas, durante a conversa com Temer, “nada de política”, repetiu Almeida ao blog.
Marcelo Almeida já pertenceu ao PMDB de Temer. Em 2014, ele disputou uma cadeira ao Senado pelo partido, ficando em terceiro lugar. Naquele ano, Alvaro Dias, então no PSDB e hoje no PV, se reelegeu ao Senado com quase 77% dos votos. Almeida estava na chapa do senador Roberto Requião (PMDB), derrotado por Beto Richa (PSDB), reeleito governador do Paraná.
FRUET
Hoje, Almeida está engajado na campanha de reeleição do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT). Chegou a ser cogitado a vice do pedetista, mas foi preterido pelo vereador Paulo Salamuni (PV). Agora, Fruet aguarda para saber se contará com Almeida na coordenação da campanha eleitoral, junto com o ex-ministro de FHC (PSDB) Euclides Scalco. Ao blog, Almeida não confirmou se assumirá ou não a missão.
Em tempos de campanha eleitoral sem financiamento empresarial, Almeida é um nome bastante lembrado pelos colegas. Herdeiro do grupo empresarial CR Almeida, ele figurava em 2014 na lista dos três políticos mais ricos do País, no levantamento da revista norte-americana Forbes, feito com base nos dados dos candidatos daquele ano, disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
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