O pronunciamento do presidente Temer hoje (13) sobre o “rito da degola” a partir da publicidade das delações da Odebrecht tentava transparecer rigor: se um ministro de Estado for meramente citado ou investigado, permanecerá no governo federal; se denunciado, será afastado provisoriamente; se réu, será afastado definitivamente. Na prática, contudo, é difícil imaginar o Planalto anunciando outra regra. Afinal de contas, se um afastamento fosse determinado a cada citado ou investigado, quem sobraria em Brasília? Apenas a delação de Cláudio Melo Filho, vazada em dezembro, já envolve toda a cúpula do PMDB, inclusive o próprio presidente Temer.