O deputado federal Alfredo Kaefer (PSL-PR) não admite com todas as letras que votará para derrubar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da República, Michel Temer. Mas, nas palavras dele, há sim uma “forte tendência”. “Não é porque a gente é parceiro que vai deixar de analisar a denúncia. Mas é evidente que, se não ocorrer algo grave e novo, há uma forte tendência para eu votar contra a denúncia”, declarou ele, em entrevista hoje (05) à Gazeta do Povo.
O paranaense estava na lista de políticos recebidos no Planalto ontem (04), na “maratona” que o presidente Temer começou a fazer com integrantes da sua base aliada. Kaefer rejeita, contudo, a expressão “toma-lá-dá-cá”, que vem sendo utilizada para definir a série de encontros, logo às vésperas da votação da denúncia no parlamento. “Todo parlamentar tem seu pleitozinho. Suas questões individuais. E quem não quer ajudar os seus municípios?”, minimizou ele.
Kaefer reforça ainda que, no caso dele, “as conversas com Michel são corriqueiras”. “Sempre falo com ele sobre minhas atividades. Tenho uma relação antiga com ele”, acrescentou o parlamentar.
Na visão do paranaense, que está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados, o presidente Temer hoje possui votos suficientes para barrar a denúncia na Casa. “Quem votou no impeachment da Dilma, automaticamente declarou que preferia o Michel”, justificou ele.
A PGR já acusou o peemedebista de corrupção passiva, mas, por se tratar do chefe do Executivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) não pode acolher a denúncia sem ter, antes, um aval da Câmara dos Deputados.
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